Menino de 12 anos tem lesões graves e cadela é morta em ataque de pit bulls
Maurício Businari
Colaboração para o UOL
03/11/2024 15h42
Um menino de 12 anos foi atacado por dois pit bulls e sofreu ferimentos graves nas pernas e no braço direito. O ataque ocorreu em Registro (SP), na terça-feira (29). Um terceiro cachorro morreu nos ataques.
O que aconteceu
O garoto voltava para casa de bicicleta quando foi atacado por dois pit bulls, segundo relato da mãe ao UOL. "Achei que ele tinha morrido, que eu tinha perdido meu filho, que ele não sobreviveria", relatou Gabriela Silvano.
A vítima tentou bater nos animais para se defender, mas não conseguiu escapar, recebendo mordidas nas pernas e no braço. Uma moradora, que saiu à rua para ver o que acontecia, começou a gritar por ajuda.
Um terceiro cachorro, uma cadela que vivia na região, também foi atacada pelos pit bulls e morreu.
Um motorista que passava pela estrada e avistou a cena jogou o carro em direção dos pit bulls, para afastá-los do garoto. "Ele me disse depois que não conseguiu pensar em nada enquanto era atacado. O susto foi grande demais", conta a mãe.
O menino foi atendido pelo Bombeiros e levado ao Hospital Regional de Registro com ferimentos graves. Permaneceu internado até sexta-feira (1º).
A mãe da vítima diz que não recebeu apoio dos donos dos pit bulls enquanto o filho estava internado. Após a alta, concordaram em cobrir despesas com medicamentos.
Meu filho teve que fazer reconstrução de tecidos. Ele ainda sente dores e está com medo.
Gabriela Silvano, mãe do menino atacado por pit bulls
O que diz o BO
Ao chegar ao local, a PM encontrou dois pit bulls adultos e dois filhotes soltos e agressivos na estrada. O menino estava recebendo atendimento de uma ambulância dos Bombeiros.
A tutora dos cães foi conduzida à delegacia para registro da ocorrência. A tutora dos animais prestou depoimento e o caso está em investigação.
A SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo) disse que o caso foi registrado como lesão corporal e omissão de cautela na guarda de animais. "O pai da criança foi orientado sobre o prazo para representação criminal, necessário segundo a lei para crimes de ação penal condicionada", informou o órgão.