Médico é suspeito de fazer aborto à força em namorada grávida de 4 meses
Uma médica de 27 anos denunciou à polícia que o companheiro dela, outro médico, de 25 anos, provocou um aborto nela à força em uma viagem a Pirenópolis (GO). Ela estava grávida de quatro meses.
O que aconteceu
Homem teria inserido comprimidos abortivos na vagina da jovem durante relação sexual, segundo a vítima. Os dois estavam em um quarto de hotel de Pirenópolis (GO) quando as agressões ocorreram. O caso foi registrado na terça-feira (29), mas a Polícia Civil não informou quando o crime aconteceu.
A vítima diz que desconfiou, interrompeu a relação e identificou dois comprimidos. A seguir, segundo ela, o médico a teria trancado no quarto. Ao portal de notícias Goiás 24h, a vítima relatou que ficou com medo de sofrer outra violência, porque havia uma sacada no local. Em seguida, teria achado uma chave e fugido, buscando ajuda de uma funcionária do hotel.
Com cólicas, médica foi ao hospital; mais dois comprimidos abortivos teriam sido encontrados no corpo dela.
Ao sair do hospital, a bolsa teria estourado e o feto foi expelido pouco depois.
Quando levantei para ir embora [da consulta] a minha bolsa estourou. Ao mesmo tempo que estourou, chamei a minha mãe. Falei: mãe, perdi [o bebê]. Quando levantei para ir embora [da consulta] a minha bolsa estourou. Ao mesmo tempo que estourou, chamei a minha mãe. Falei: mãe, perdi [o bebê].
Vítima, em depoimento ao portal de notícias Goiás 24h
Os médicos se conheceram na faculdade e tinham um relacionamento aberto; ela estava feliz com a gravidez. O convite para ir até o hotel em Pirenópolis teria sido feito por ele como se fosse um passeio romântico.
Caso é investigado pela Delegacia Estadual de Atendimento Especializado à Mulher. Ao UOL, a Polícia Civil informou que as diligências estão sob sigilo.
Suspeito do crime se formou em medicina em junho de 2024 em uma faculdade particular em Anápolis. Ele era colega de faculdade da vítima, que descobriu a gravidez em julho.
Nome do homem investigado será mantido em sigilo para preservar a identidade da vítima. O UOL não conseguiu identificar se o médico tem advogado.
Médico suspeito apagou as redes sociais após a repercussão do caso em Goiás.
Conselho de Medicina de Goiás investiga conduta do médico. Ao UOL, o Cremego afirmou que as denúncias tramitam em sigilo.
Em caso de violência, denuncie
Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie.
Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.
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Quero receberTambém é possível realizar denúncias pelo número 180 — Central de Atendimento à Mulher — e do Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.
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