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STJ nega soltura de dona de clínica estética ligada a morte de mulher em GO

Danielle Mendes Xavier de Brito Monteiro veio a óbito após passar por um procedimento estético Imagem: Reprodução/Instagram

Do UOL, em São Paulo (SP)

30/12/2024 20h39

O STJ (Superior Tribunal de Justiça) negou na última sexta-feira (27) um pedido de habeas corpus para Quesia Rodrigues Biangulo Lima, dona da clínica em Goiânia (GO) onde uma mulher morreu após realizar um procedimento estético.

O que aconteceu

O pedido foi negado pelo presidente do STJ, o ministro Herman Benjamin. A petição foi protocolada pela defesa de Quesia na última segunda-feira (23). A decisão deve ser publicada nesta terça-feira (31).

Quesia foi presa após a morte de Danielle Mendes Xavier de Brito Monteiro no dia 1º de dezembro. A vítima realizou um procedimento estético no dia 30 de novembro com a dona da clínica, que se apresentava como biomédica e enfermeira, segundo a polícia.

Foi aplicado hialuronidase abaixo dos olhos da vítima. O produto não é autorizado pela Anvisa, de acordo com a polícia.

Após o procedimento, a mulher sofreu um choque anafilático e teve uma parada cardiorrespiratória no local. Ela foi socorrida pelo SAMU e encaminhada ao Hospital de Urgências de Goiás, onde morreu

A dona da clínica foi presa em flagrante. Ela é suspeita pelos crimes de vender serviço ou mercadoria impróprios para o consumo, executar serviço de alta periculosidade sem autorização legal e exercício ilegal da medicina.

A Polícia Civil foi até o estabelecimento para acompanhar a perícia e a fiscalização da Vigilância Sanitária. Diversas irregularidades foram encontradas na clínica, como produtos sem registro na Anvisa, produtos vencidos, anestésicos de uso hospitalar, materiais cirúrgicos não esterilizados, dentre outros. O estabelecimento foi interditado.

Polícia encontrou diversas irregularidades na clínica, como produtos sem registro na Anvisa, produtos vencidos, anestésicos de uso hospitalar e materiais cirúrgicos não esterilizados Imagem: Divulgação/Polícia Civil de Goiás

A polícia instaurou um inquérito para apurar as circunstâncias que levaram à morte da vítima. Eles também investigam a responsabilidade da dona da clínica no óbito.

Danielle era servidora do município de Goiânia. Nas redes sociais, a Secretaria Municipal de Saúde prestou uma homenagem à mulher.

A reportagem do UOL entrou em contato com a defesa de Quesia, mas não obteve retorno até a publicação. A matéria será atualizada caso haja manifestação.

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