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Áurea Carolina defende isenção do IPTU para afetados pela pandemia em BH

Colaboração para o UOL, em São Paulo

09/10/2020 10h48

A candidata à Prefeitura de Belo Horizonte pelo PSOL, Áurea Carolina, declarou que as medidas econômicas adotadas pela atual gestão para os pequenos comerciantes enfrentem a pandemia do novo coronavírus foram insuficientes.

Durante sabatina do UOL, em parceria com a Folha de S. Paulo, transmitida hoje, ela defendeu a isenção de alguns tributos como forma de ajudar a retomada da economia na cidade.

"A gente precisa pensar numa política de isenção temporária do IPTU e outros tributos para os mais impactados", disse em entrevista às repórteres Amanda Rossi, do UOL, e Fernanda Canofre, da Folha de S. Paulo.

A candidata afirmou que Belo Horizonte 'já vinha num retrocesso econômico', o que se, segundo ela, se agravou com a desatenção da prefeitura com os pequenos comércios, lojas e estabelecimentos.

"Muitos deles tiveram que fechar as portas e isso teve um efeito desastroso para a cidade", disse.

A candidata também defendeu uma realocação da política tributária. A ideia é que a parcela da população de classe mais alta, que sustenta fortunas de mais de R$ 5 milhões, se comprometa com um valor maior de arrecadação para a capital mineira.

Pesquisa Datafolha divulgada ontem apontou o atual prefeito e candidato à reeleição, Alexandre Kalil (PSD), na liderança com 56% das intenções de votos. Áurea Carolina tinha 3%.

Frente de esquerda e doações em campanha

Áurea tentou formar frente de esquerda para eleição de Belo Horizonte, mas a aliança não sucedeu.

"De fato tentamos construir uma frente ampla de esquerda, dialogamos durante semanas com PT e PCdoB, e com outros partidos", disse.

Segundo a candidata, por diferentes razões, os partidos decidiram seguir com candidaturas próprias.

"É uma perda a gente não ter essa frente ampla, essa dispersão do voto pode ter um custo lá na frente", afirmou.

Ela também comentou o caso do candidato do PSOL em Duque de Caxias (RJ) que foi ameaçado de punição pelo partido por receber doações de algumas pessoas, entre elas Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central.

"Eu compreendo nesse caso que não há qualquer violação ao estatuto do PSOL", comentou a candidata sobre o assunto.

Áurea ainda afirmou que o enfrentamento ao racismo passa também por medidas de reparação. "Isso envolve, sim, uma distribuição dos recursos", completou.

A candidata disse também que faz parte da oposição do governo federal e do governo estadual.

"Vou buscar interlocução com representantes do governo estadual e federal, mas sem jamais me curvar aos seus desmandos e sua forma autoritária e destrutiva de governar."

Sabatinas em BH

A sabatina com Áurea foi a quarta e última com os candidatos de Belo Horizonte. A primeira foi com Bruno Engler (PRTB), seguida pela com João Vítor Xavier e, depois, com Kalil.

Errata: este conteúdo foi atualizado
Diferentemente do que informou o texto, Áurea Carolina disse que seu partido, o PSOL, dialogou com PT e PCdoB, e não com o PT e o PSDB. O texto foi corrigido.

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