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Marçal mente sobre morte de pai de Tabata, e deputada rebate: 'Nojento'

Bruno Luiz e Paulo Guilherme Guri

Do UOL, em São Paulo

05/07/2024 04h00Atualizada em 05/07/2024 12h50

A pré-candidata à Prefeitura de São Paulo Tabata Amaral (PSB) rebateu nesta quinta-feira (4) ofensas feitas por Pablo Marçal, adversário dela na disputa municipal. O pré-candidato mentiu ao falar da morte do pai de Tabata por suicídio quando ela tinha 17 anos.

O que aconteceu

Tabata chamou o ataque de "nojento" e "perverso". Em entrevista para um podcast da revista "IstoÉ", Marçal afirmou que a deputada federal abandonou o próprio pai no Brasil para viajar aos Estados Unidos e deixou ele morrer. "Também tive um pai que foi alcoólatra, mas a família ajudou ele e ele deixou o alcoolismo. Ela foi pra Harvard, o pai dela acabou morrendo. Igual imagino que ela pode fazer com o povo de São Paulo", atacou Marçal.

Tabata negou que estivesse fora do Brasil quando o pai morreu. A deputada relatou que ele era alcoólatra e foi dependente de crack. "No fim, ele estava sofrendo demais. Na mesma semana que eu fui aceita em Harvard, ele cometeu suicídio. Foi o momento mais difícil da minha vida. Mas eu estava quando ele morreu, eu não estava fora. Essa baixaria sequer faz sentido", rebateu, em vídeo publicado nas redes sociais.

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Em reportagem de 2 de abril de 2012, quando foi admitida em Harvard, Tabata explica que recebeu a notícia da aprovação e comemorou com os pais. "Quando soube [da aprovação em Harvard] comecei a chorar muito, perguntava se podia mudar o resultado. Eram duas da manhã, liguei para minha mãe, meu pai ficou superemocionado", disse ela ao G1 na época.

Ainda de acordo com a reportagem, o pai de Tabata morreu três dias depois de ela saber da aprovação. A então estudante chegou a cogitar desistir da vaga, mas acabou indo meses depois para estudar nos Estados Unidos.

Em vídeo publicado nas redes sociais, a deputada chamou Marçal de "cretino". "É uma falta de caráter absurda, é perverso, é nojento mesmo. É um assunto muito difícil. Vim aqui esclarecer para nenhum cretino vir usar a história do meu pai contra mim novamente", disse a deputada.

Tabata afirmou que o empresário está descontrolado. "Com 18 anos, eu estava num país estranho, estudava o dia inteiro e trabalhava à noite como babá para mandar dinheiro pra minha mãe. Pablo Marçal, com essa mesma idade, fazia parte de uma quadrilha de roubo de banco. (...) Eu listei os crimes dele e ele baixou o nível ainda mais porque não tem resposta e não sabe lidar com a verdade", afirmou.

Marçal foi condenado, em 2010, por participar de uma quadrilha que desviou dinheiro de bancos. A pena foi extinta em 2018 por prescrição. Ele negou que tinha conhecimento dos atos ilícitos.

Não é a primeira vez que Marçal ataca Tabata. Recentemente, o empresário afirmou que ela não poderia ser prefeita por ser solteira e não ter filhos. "Ela tem um bom garoto que ela namora, mas não sabe qual o problema de um casamento, o problema do que é ter filho, ela não dá conta de cuidar da cidade como você imagina", afirmou.

Tabata apontou machismo na fala e rebateu na ocasião. "Nunca fui condenada por fazer parte de uma quadrilha de roubo de banco, nunca gastei tempo e dinheiro do Corpo de Bombeiros com a minha responsabilidade, nunca fiz um funcionário correr até a morte por parada cardíaca em uma brincadeira sem sentido", disse.

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