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Os grupos em que Marçal tem mais força, segundo nova pesquisa Datafolha

Pablo Marçal (PRTB) durante o debate na Band Imagem: Renato Pizzutto/Band

Do UOL, em São Paulo (SP)

23/08/2024 11h53

A pesquisa Datafolha, divulgada nesta quinta-feira (22), mostrou um salto nas intenções de voto de Pablo Marçal (PRTB) para a prefeitura de São Paulo (SP) - ele agora aparece empatado na liderança. Em alguns grupos, no entanto, o levantamento mostra o influenciador com vantagem sobre os adversários.

Onde Marçal tem mais força?

Segundo o Datafolha, Marçal tem mais força entre os homens. O coach lidera entre os eleitores do sexo masculino (48% da amostra, com margem de 4 pontos), alcançando 28%, enquanto Guilherme Boulos (PSOL) tem 22% e Ricardo Nunes (MDB), 18%.

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O principal ponto de tensão atualmente é no grupo bolsonarista. Marçal vem ganhando terreno entre os apoiadores do ex-presidente, o que acirra a divisão da direita em São Paulo, com Nunes sendo escolhido do clã Bolsonaro. A divergência culminou em troca de farpas nas redes sociais entre Pablo Marçal e Jair e os filhos.

Troca de farpas entre Pablo Marçal, Jair e Eduardo Bolsonaro no Instagam Imagem: Reprodução/Redes sociais

O influenciador lidera com folga nas intenções de voto entre os eleitores de Bolsonaro. Na pesquisa Datafolha, Marçal soma 44%, contra 30% de Nunes. No levantamento anterior, divulgado no início de agosto, Pablo somava 29%, e o prefeito 38%.

Marçal teve crescimento também entre os que se declaram politicamente como bolsonaristas. O influenciador avançou de 25% para 46% no mesmo período. Nunes, por outro lado, caiu de 37% para 26%.

A tendência já havia sido apresentada na pesquisa AtlasIntel, divulgada na última quarta-feira (21). No levantamento, Marçal cresceu e empatou com Nunes entre bolsonaristas: na pesquisa anterior, o atual prefeito tinha 55,2% da preferência de quem votou em Bolsonaro em 2022, número que caiu para 38,6%. Já o influenciador, que aparecia na sondagem anterior com 25,3% desses votos, teve um salto para 41,8%.

Marçal também ganha força entre os mais pobres e os evangélicos. Entre os 36% que ganham até 2 salários mínimos (com margem de 5 pontos), há um empate quádruplo: os três principais candidatos, no geral, têm 18%, enquanto Datena aparece com 15%. No grupo dos evangélicos, usualmente mais alinhado ao bolsonarismo, Marçal lidera numericamente com 30%, seguido por Nunes com 22%, mas a margem de erro para este segmento, que representa 23% dos entrevistados, é maior, de 6 pontos.

O coach se destaca entre os eleitores que estudaram apenas até o ensino médio. Nesse segmento, ele aumentou de 16% para 26%, superando a margem de erro de quatro pontos. Entre aqueles com ensino superior, seu apoio subiu de 12% para 24%, enquanto Nunes e Boulos caíram quatro pontos cada um dentro da margem de erro.

Em relação à cor da pele, o influenciador ganha terreno entre os brancos, subindo de 13% para 21% — o que também prejudica Nunes —, e entre os pardos, aumentando de 14% para 24%, grupo em que Datena (PSDB) é o mais impactado negativamente. Nesses casos, a margem de erro é menor: quatro pontos entre os brancos e cinco pontos entre os pardos.

No quesito renda, Marçal foi beneficiado pelos eleitores com receita familiar mensal de dois a cinco salários mínimos. Nesse grupo, ele cresceu de 14% para 24%, afetando negativamente Datena, que caiu de 15% para 9%, considerando uma margem de erro de cinco pontos percentuais.

Marçal também saltou entre os adultos de 35 a 44 anos. Apesar do apoio dos mais jovens nas redes sociais, o influenciador cresceu mais neste grupo do que no que compreende os eleitores de 16 a 24 anos. Na faixa mais velha, ele subiu de 16% para 32%, mais uma vez drenando a intenção de votos de Nunes e Datena.

O empresário também registrou um crescimento no grupo de eleitores entre 45 e 59 anos. Nessa faixa, ele passou de 7% para 19%, novamente no limite da margem de erro, que é de seis pontos. Desta vez, quem mais sofre queda é Guilherme Boulos, caindo de 27% para 20%.

Sobre a pesquisa

A pesquisa Datafolha foi realizada na terça (20) e na quarta-feira (21). O levantamento, registrado na Justiça Eleitoral sob o número SP-08344/2024, foi encomendado pela Folha e TV Globo, e ouviu 1.204 eleitores na capital.

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