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PF cumpre mandado em escritório da campanha de prefeito em Sinop (MT)

PF cumpre mandado de busca e apreensão em escritório de campanha política em Sinop/MT Imagem: Reprodução/Polícia Federal

Colaboração para o UOL, de Belo Horizonte

03/10/2024 17h57

A Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão em endereço relacionado à campanha do candidato à reeleição à prefeitura de Sinop (MT), Roberto Dorner (PL). Materiais foram apreendidos e uma pessoa foi presa.

O que aconteceu

A campanha do candidato é acusada de falsidade ideológica eleitoral. Segundo a investigação, conduzida pelo MPE (Ministério Público Eleitoral), cabos eleitorais estariam sendo pagos com dinheiro em espécie, o que pode configurar caixa dois.

Segundo o MPE, os pagamentos eram realizados no imóvel chamado de "setor de contabilidade". Os autos do processo citam que é possível ver em imagens pessoas saindo do local levando consigo dinheiro vivo. Ainda de acordo com os autos, as provas dão indícios de que algo ilícito "está no ar".

O juiz da 22ª Zona Eleitoral de Sinop autorizou a busca e apreensão, que foi cumprida na última quarta-feira (02) pela Polícia Federal. No endereço, havia uma placa de "aluga-se" e o local estava com as cortinas abaixadas quando os agentes chegaram.

Uma colaboradora da campanha foi flagrada realizando um pagamento de R$ 2,5 mil em espécie para um terceiro, o que é proibido pela legislação. Ela foi autuada em flagrante pela prática de falsidade ideológica eleitoral (caixa dois). A polícia também apreendeu materiais com registros de contabilidade da campanha e mídia digital.

Segundo a Resolução TSE 23.607/2016, pagamentos acima de meio salário-mínimo não podem ser feitos com dinheiro em espécie. Gastos eleitorais acima desse valor só podem ser efetuados por meio de cheque nominal cruzado, transferência bancária que identifique o CPF ou CNPJ do beneficiário, débito em conta ou Pix.

O candidato Roberto Dorner afirmou em vídeo nas redes sociais que "começaram as baixarias, com denúncias falsas". O PL de Sinop negou a existência de escritório paralelo (veja a íntegra da nota abaixo).

"Informamos que não existe escritório paralelo. Trata-se de sala comercial utilizada pelo PL para atividades administrativas. A locação do escritório estava declarada na prestação de contas, disponível no site de divulgação de contas eleitorais (divulgacandcontas.tse.jus.br). O contrato é por tempo limitado, entre os dias 16/08/2024 e 05/10/2024, período de uso para a eleição.
Agimos desde o início da campanha com legalidade nos pagamentos, que estão registrados na prestação de contas, com transações bancárias e comprovantes. Todos os documentos encontrados na busca atestam a legalidade dos pagamentos feitos diretamente da conta eleitoral.
As duas pessoas que foram conduzidas à delegacia para esclarecimentos foram liberadas em seguida, sem fiança. O partido está colaborando integralmente para que a situação se esclareça o mais breve possível e a verdade prevaleça."

PL Sinop, em nota

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