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Candidato mais rico do país tem só 3% dos votos e perde eleição em Marília

João Pinheiro (PRTB), candidato a prefeito de Marília, teve 3% dos votos na cidade Imagem: Divulgação

Do UOL, em São Paulo

07/10/2024 03h24

Candidato mais rico do Brasil, João Pinheiro (PRTB) não foi eleito para a Prefeitura de Marília (a 440 km da capital paulista). O pleito foi resolvido no primeiro turno e vencido por Vinicius Camarinha (PSDB), com 54,73% dos votos.

O que aconteceu

João Pinheiro (PRTB) obteve 3.397 votos (3% dos votos válidos), o que o deixou na quinta posição. Na sua frente, ficaram Nayara Mazini (PSOL), Garcia da Hadasa (Novo) e Ricardinho Mustafa (PL), além do eleito, Vinicius Camarinha (PSDB).

Pinheiro declarou para a Justiça Eleitoral um patrimônio de R$ 2,8 bilhões. O valor é quase (80%) maior do que o orçamento de 2024 da prefeitura do município. A cidade vai administrar cerca de R$ 1,6 bilhão.

De onde vem o dinheiro? Em sua declaração, a maioria de seus bens são de cotas de capital de uma empresa dele do ramo de açúcar, a Sugar Brazil. Outra quantia diz respeito a cotas de uma empresa de agropecuária (R$ 1 milhão) e uma poupança de R$ 300 mil na Caixa Econômica Federal. Seu vice, Rafa Amadeu (PDT), declarou bens no valor de R$ 173,9 mil.

Dinheiro não o impressiona. Em entrevista ao UOL, em agosto, o candidato contou sobre os carros esportivos que possui e disse que grandes quantias não mexem com ele, em referência às altas verbas públicas às quais os governantes têm acesso.

Eu sou uma pessoa de carros esportivos, eu tenho minha Ferrari, meus Porsches, minhas Lamborghinis, e eu quero passar que é possível, desde que trabalhe muito, tenha decência, e tenha um sonho. Quero ser exemplo
Candidato João Pinheiro (PRTB), em entrevista ao UOL em agosto

Acusação de estelionato por descumprir contrato. O empresário Andrew Choi o acusa de não entregar uma carga no valor de US$ 6,8 mi (cerca de R$ 37 mi). Pinheiro disse que de fato não fez a entrega, mas alegou que Choi não havia pago o valor total. O caso ainda não foi resolvido.

Ele diz estar no ramo açucareiro desde os 18 anos. Foi quando começou a vender máquinas usadas para empresas do setor. Antes, conta ter sido servente do pai, pedreiro. "Eu vim do zero. Meu pai me ensinou a trabalhar e a me relacionar com as pessoas."

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