BID reconhece governo de Lobo e retoma linhas de crédito com Honduras
Os países-membros do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) concordaram nesta terça-feira (16) em reconhecer o governo de Porfirio Lobo em Honduras.
“Em uma reunião hoje a direção decidiu retomar os empréstimos a Honduras", disse um porta-voz do banco.
O BID suspendeu as linhas de crédito a Honduras após o golpe de Estado em 28 junho do ano passado que tirou do poder o então presidente, Manuel Zelaya.
Após a deposição de Zelaya, o líder do Parlamento, Roberto Micheletti, assumiu a presidência, mas não foi reconhecido pela comunidade internacional como governante legítimo.
Mesmo assim, Micheletti se manteve no governo até a posse de Lobo, em 27 de janeiro, e por isso alguns países (entre eles o Brasil) consideram que a passagem do poder não aconteceu em condições democráticas. Desde então, o governo Lobo trabalha para reintroduzir o país na comunidade internacional.
Apoio da América Central
Além do BID, governos vizinhos da América Central também anunciaram que as novas autoridades hondurenhas são legítimas.
Os presidentes de El Salvador, Honduras e Guatemala, o chamado "Triângulo do Norte" da América Central, concordaram nesta segunda-feira em avançar na integração e no comércio da região, que ficou dividida depois do golpe de Estado do ano passado em Honduras.
O presidente salvadorenho, Mauricio Funes, recebeu Lobo na Casa Presidencial, junto com o mandatário guatemalteco, Alvaro Colom. Os líderes conversaram sobre temas comerciais e de segurança.
"Nossos países, sozinhos, não são viáveis. A magnitude da crise, dos problemas que enfrentamos internamente, nos mostra (...) como única opção unir esforços e vontades para ir adiante", disse Funes em entrevista coletiva.
O governante salvadorenho condenou o golpe de Estado contra Zelaya e rompeu relações com o governo de Roberto Micheletti em Honduras. Mas disse que as novas autoridades hondurenhas têm seu apoio.
Os três presidentes disseram que estão se esforçando para que Honduras seja reconhecida novamente no Sistema da Integração Centro-Americana (SICA) e na Organização dos Estados Americanos (OEA), dos quais foi excluída depois do golpe.
A normalização da situação hondurenha é importante, já que a América Central retomou neste mês rodadas de negociação com a União Europeia para chegar a um acordo de associação que inclui cooperação, comércio e diálogo político.
*Com agências internacionais
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.