No Congresso dos EUA, presidente-executivo da BP diz "lamentar profundamente" vazamento de petróleo
O presidente-executivo da BP (British Petroleum), Tony Hayward, depõe no Congresso norte-americano nesta quinta-feira (17) sobre o vazamento de petróleo no golfo do México, na tentativa de demonstrar o compromisso da petrolífera em resolver a maior tragédia ambiental da história dos Estados Unidos.
Hayward afirmou aos congressistas integrantes da comissão de Energia e Comércio que "lamenta profundamente" pelo desastre e afirmou que “como líder da BP, nós não vamos descansar até resolvermos tudo”. Hayward também afirmou que a BP se compromete a custear todos os gastos com a limpeza do óleo e destacou “que o povo americano pode ficar tranquilo, pois a BP faz um bom trabalho”.
No início de seu depoimento, Hayward foi interrompido por uma ativista da organização pacifista Codepink, com o rosto e as mãos cobertas de tinta preta, em referência ao óleo. A mulher gritou em direção a Hayward: "Você deve ser acusado por um crime, você deve ir para a prisão", mas foi logo contida por policiais do Congresso e retirada da sala.
A sessão foi interrompida para um breve intervalo. Na volta, Hayward irá enfrentar perguntas dos congressistas.
Ontem o presidente da BP, Carl-Henric Svanberg, afirmou, que o conselho da empresa decidiu suspender os pagamentos de dividendos aos seus acionistas. Ele também emitiu um pedido de desculpas "ao povo americano em nome de todos os empregados da BP".
O presidente americano Barack Obama afirmou, durante declaração na Casa Branca ontem, que está confiante que a BP irá cumprir suas obrigações com o golfo do México e os cidadãos americanos.
Além do fundo de US$ 20 bilhões para custear os estragos reivindicados pela população e empresários atingidos pelo vazamento de petróleo no golfo do México, Obama também anunciou que a BP concordou em estabelecer outro fundo de US$ 100 milhões para compensar os trabalhadores que foram demitidos ou prejudicados pelo acidente.
Obama disse que o fundo será dirigido pelo advogado Kenneth Feinberg, que supervisionou os pagamentos às famílias das vítimas dos atentados de 11 de setembro de 2001.
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