Obama e Netanyahu mostram sintonia no acordo de paz no Oriente Médio
As divergências sobre a construção de casas por israelenses na área árabe de Jerusalém foram deixadas de lado nesta terça-feira (6), durante a conversa do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.
Os dirigentes optaram por destacar as afinidades que têm e o esforço comum em busca de um acordo de paz no Oriente Médio. Ambos, em entrevista coletiva em Washington, ressaltaram a necessidade de garantir a segurança na região.
“O vínculo entre os Estados Unidos e Israel é inabalável. Engloba os nossos interesses de segurança nacional e os nossos interesses estratégicos. O mais importante é a ligação de duas democracias que compartilham um conjunto de valores cuja população tem crescido cada vez mais perto no passar do tempo”, disse o norte-americano.
Netanyahu acrescentou ainda que os governos dos Estados Unidos e de Israel trabalharão juntos em busca de um acordo para a região. “Compreendemos plenamente que vamos trabalhar juntos nos próximos meses e anos para proteger os nossos interesses comuns, os nossos países e povos contra as novas ameaças. Ao mesmo tempo, vamos nos empenhar na possibilidade de [obter a] paz”, disse.
Sem citar o episódio das críticas de autoridades norte-americanas à iniciativa do governo israelense de construir imóveis na área oriental de Jerusalém, ocupada por árabes, o primeiro-ministro falou sobre as afinidades existentes com os norte-americanos. “Temos um vínculo duradouro de valores e interesses a começar com a segurança e a maneira que nós compartilhamos informações e outros dados para ajudar na defesa comum.”
Obama pediu ainda a colaboração dos palestinos nas negociações. “É muito importante que os palestinos não procurem desculpas para a incitação [de violência] e que não se envolvam em uma linguagem provocativa. Internacionalmente é importante que mantenham um tom construtivo”. Netanyahu acrescentou ainda que os palestinos precisam mudar a orientação transmitida às crianças e aos jovens.
“Isso requer que a Autoridade Palestina prepare seu povo para a paz por meio das escolas e dos livros didáticos e assim por diante. A paz é a melhor opção para todos nós e eu acho que temos uma oportunidade única e um momento único para fazê-lo”, afirmou o primeiro-ministro.
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