Igreja Católica de Cuba anuncia a libertação de mais seis dissidentes, faltam 20 presos
Pouco mais de uma semana depois de anunciar a libertação de seis dissidentes políticos, a Igreja Católica de Cuba informou que o mesmo número de presos (políticos) serão soltos. Em nota divulgada pela Igreja, os detidos aceitaram deixar o país e seguir em direção à Espanha. No total, já são 32 dissidentes que trocaram Cuba pela Espanha.
Exatamente como no último dia 17, o assunto não foi mencionado por autoridades cubanas nem há informações no jornal oficial de Cuba, o Granma. A ideia é libertar um total de 52 presos até novembro. Portanto, ainda é esperada a liberdade de mais 20 pessoas.
De acordo com a nota da Igreja, os presos que serão libertados são: Victor Arroyo Carmona, Alexis Rodrigues Fernandez, Leonel Grave de Peralta Almenares, Alfredo Domínguez Batista, Agüero Gainza Próspero e Claro Altarriba Sánchez.
Em julho, o presidente de Cuba, Raúl Castro, negociou com o primeiro-ministro da Espanha, José Luis Zapatero, e autoridades da Igreja Católica cubana a libertação de 52, dos 75 dissidentes políticos, mantidos em prisões de diferentes locais do país.
Os presos políticos deixaram Cuba e ao chegar à Espanha participaram de entrevistas coletivas, nas quais fizeram várias queixas. Muitos deles reclamaram que foram obrigados a deixar o país. Outros disseram ter sofrido maus tratos e pressão psicológica. Não houve reações do governo cubano sobre as reclamações dos dissidentes.
A Anistia Internacional informou que os dissidentes foram presos em 2003 durante o episódio, conhecido como Primavera Negra. Na ocasião, 75 pessoas foram detidas. A Anistia Internacional recomenda ainda que os dissidentes tenham condições de optar, se querem permanecer em Cuba ou deixar o país.
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