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Obama defende direitos humanos no início do encontro com o presidente chinês

O presidente dos EUA, Barack Obama, cumprimenta o presidente chinês Hu Jintao durante cerimônia de recepção na Casa Branca, em Washington - Saul Loebg/ AFP
O presidente dos EUA, Barack Obama, cumprimenta o presidente chinês Hu Jintao durante cerimônia de recepção na Casa Branca, em Washington Imagem: Saul Loebg/ AFP

Do UOL Notícias*

Em São Paulo

19/01/2011 13h04

O presidente dos EUA, Barack Obama, defendeu a preservação dos direitos humanos durante visita do líder chinês Hu Jintao a Washington. "As sociedades são mais harmoniosas e as nações têm mais sucesso quando os direitos humanos individuais são respeitados", disse durante entrevista na Casa Branca, ao lado de Hu Jintao.

Obama também afirmou que a visita do presidente chinês Hu Jintao estabelecerá as bases para os próximos 30 anos de cooperação bilateral

Hu Jintao, por sua vez, afirmou que vê um novo progresso nas relações da China com o governo dos  EUA, durante entrevista coletiva ao lado de Barack Obama nesta quarta-feira (19).

Os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e da China, Hu Jintao, enfrentam suas diferenças sobre a Coreia do Norte e os desequilíbrios econômicos bilaterais durante visita de Estado do líder asiático.

Antes do encontro, ambos os presidentes prometeram uma maior cooperação entre as duas maiores economias do mundo, em um esforço para superar as disputas do ano passado sobre direitos humanos, Taiwan, Tibete e o déficit comercial dos Estados Unidos com a China.

O presidente chinês chegou na terça-feira (18) a Washington com uma agenda carregada de profundas diferenças no plano econômico, em termos de direitos humanos e em temas geopolíticos pendentes. Hu Jintao foi convidado para uma ceia privada na Casa Branca com o presidente Barack Obama, antes de iniciar a visita oficial propriamente dita.

A presença de Hu pode representar o início de uma virada nas relações entre as duas potências - será sua última visita aos Estados Unidos antes de começar uma transição política na China, que chegará ao auge com a eleição de um novo líder, em 2013.

Obama só poderá exibir durante o encontro uma pobre recuperação econômica, enquanto Hu chega montado num crescimento que estende o poderio chinês por todo o mundo.

A secretária de Estado, Hillary Clinton, afirmou semana passada que quer a ajuda da China para ajudá-la a moderar a beligerância da Coreia do Norte.

Altos funcionários do Conselho de Segurança Nacional acham que a pressão sobre Pequim pode estar começando a trazer resultados.

Hillary Clinton abordou abertamente semana passada o debate sobre se a China é um país aliado, um inimigo, um parceiro ou um competidor estratégico para seu país.

"Ambos temos muito mais a ganhar com a cooperação do que com o conflito", disse Hillary.

"Os direitos humanos seguirão, no entanto, como um dos eixos da diplomacia americana", acrescentou.

O assunto é especialmente delicado, porque o sucessor de Obama como Prêmio Nobel da Paz, o chinês Liu Xiaobo, que recebeu a láurea ano passado, está preso por ter exigido reformas democráticas.

Washington criticou energicamente a detenção de Liu e elogiou o comitê do Nobel por esse prêmio arriscado, o que motivou uma furiosa reação de Pequim.

A China também tem em sua agenda de contas pendentes a visita do líder espiritual tibetano, o Dalai Lama, a Washington, ano passado.

Entre ambos os países há também razões para otimismo, como a decisão chinesa de flexibilizar a cotação do iuane.

* Com as agências internacionais