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Obama fala que relação entre EUA e China é uma "competição amigável"

Presidente da China, Hu Jintao (esq.), e presidente dos Estados Unidos, Barack Obama - Jim Young/Reuters
Presidente da China, Hu Jintao (esq.), e presidente dos Estados Unidos, Barack Obama Imagem: Jim Young/Reuters

Do UOL Notícias

Em São Paulo

19/01/2011 16h39Atualizada em 19/01/2011 18h01

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou nesta quarta-feira (19) que a relação entre seu país e a China no século 21 pode ser descrita como uma “competição amigável”, com benefício para ambos e para toda comunidade internacional.

Segundo Obama, em algumas áreas, os dois países podem cooperar. Em outras, existe uma competição “amigável” e “saudável” que estimula China e EUA a se tornarem ainda melhores.

O presidente norte-americano também defendeu que o intercâmbio comercial é de interesse de ambos. “Crescimento pacífico da China é bom para o mundo e bom para América”, declarou.

A declaração foi feita em uma coletiva de imprensa oferecida na Casa Branca pelo presidente americano e pelo presidente chinês, Hu Jintao, que está em visita oficial aos Estados Unidos.

Questionado sobre a posição dos EUA como parceiro de um país que viola direitos humanos, Obama respondeu que a China “tem um sistema político diferente” e “está em um nível diferente de desenvolvimento”.

Obama acrescentou que liberdade de expressão, religião e associação são valores centrais para os americanos e indicou que expõe as críticas à China de modo “franco e cândido”, mas que essas questões “não impede que cooperemos”.

“Minha expectativa é que dentro de 30 anos veremos mais evolução”, acrescentou.

Tocando no mesmo tema, o presidente Hu disse que China é um país em desenvolvimento que passa por reforma e tem muito a melhorar em termos de direitos humanos. Também afirmou que seu país "sempre esteve comprometido" com a defesa dos direitos humanos e que China vai discutir essas questões com "respeito mútuo e não interferência".

 

O presidente chinês chegou na terça-feira (18) a Washington com uma agenda carregada de profundas diferenças no plano econômico, em termos de direitos humanos e em temas geopolíticos pendentes.

A presença de Hu pode representar o início de uma virada nas relações entre as duas potências - será sua última visita aos Estados Unidos antes de começar uma transição política na China, que chegará ao auge com a eleição de um novo líder, em 2013.

Antes da viagem, o líder máximo chinês afirmou que a cooperação regional na Ásia-Pacífico, a melhoria da governabilidade econômica global e a promoção do desenvolvimento sustentável da economia mundial beneficiam os interesses de ambos.

*Com agências internacionais