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Lula é o único ex-presidente ausente em almoço com Obama

Maurício Savarese<BR>Do UOL Notícias<BR>Em Brasília

19/03/2011 14h21Atualizada em 19/03/2011 16h07

Todos os ex-presidentes do país após 1985, exceto Luiz Inácio Lula da Silva, estão presentes no almoço no Palácio do Itamaraty concedido na tarde deste sábado (19) ao presidente dos EUA, Barack Obama.

Em almoço, Obama e Dilma reforçam discurso por relações bilaterais

José Sarney, Fernando Collor, Itamar Franco e até o oposicionista Fernando Henrique Cardoso estão no local. No salão aonde Dilma e Obama chegaram para o almoço, Sarney e FHC conversam há mais de 20 minutos.

O vice-presidente Michel Temer e o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), também se juntam aos dois ocasionalmente. Collor se senta ao lado do presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli.

Itamar Franco (PPS-MG), recém-eleito senador, ficou mais isolado, perto de americanos e do ministro da Defesa, Nelson Jobim.

Vários governadores e parlamentares estavam presentes, mas não compareceram, apesar de convidados, dois líderes oposicionistas: o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o senador Aécio Neves (PSDB-MG).

Segundo o jornal "Folha de S.Paulo", Lula tem dito a interlocutores estar no período de "quarentena", e, segundo uma pessoa próxima de Lula, faz um esforço para não roubar os holofotes de Dilma.

"Não dá para tratar um como Deus e outro como demônio"

Convidado para o almoço, FHC disse que Dilma tomou a atitude de convidar os ex-presidentes por razões de Estado e aproveitou para alfinetar Lula.

"Não dá para falar de um como Deus e de outro como demônio", disse FHC após o almoço. Durante o encontro, ele conversou longamente com o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e cumprimentou a família Obama depois de ser apresentado por Dilma. 

Sobre a reforma do Conselho de Segurança da ONU, FHC concordou com o tom de Dilma na cobrança pela inclusão do Brasil no órgão formado por Estados Unidos, Rússia, China, Grã-Bretanha e França. "Nós temos mesmo de ser duros", repetiu o oposicionista, um dos principais críticos da atual presidente na campanha eleitoral do ano passado.