Dilma e Hu Jintao conversam sobre direitos humanos no momento em que artista chinês é preso
A presidente Dilma Rousseff conversou hoje (12), em Pequim, com o presidente da China, Hu Jintao, sobre um dos temas mais delicados da política chinesa: direitos humanos. Dilma e Hu Jintao se comprometeram a desenvolver ações comuns para as “boas práticas”, segundo o comunicado conjunto assinado nesta terça-feira. No documento, ambos os presidentes decidiram criar um grupo de trabalho que irá desenvolver ações de combate à pobreza.
Pelo texto, Dilma e Hu Jintato irão intensificar a cooperação na área social, em especial sobre políticas e programas de combate à pobreza. Por isso será criado o grupo de trabalho sobre temas sociais e combate à pobreza.
Do lado brasileiro, o grupo será coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Do lado chinês, será o Gabinete de Políticas de Combate à Pobreza do Conselho de Estado que irá comandar a execução dos projetos. Os ministérios da Saúde dos dois países ficarão encarregados de reforçar a cooperação no setor e de examinar a conveniência de criar um mecanismo de cooperação sobre o tema.
O comunicado conjunto de Dilma e Hu Jintao ocorre no momento em que o governo chinês é acusado de manter preso, por motivações políticas, o artista plástico Ai Weiwei. Crítico do governo, o artista é suspeito de atos impróprios. Hoje o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês se recusou a fornecer informações sobre Ai Weiwei.
De acordo com o comunicado conjunto, Dilma e Hu Jintao se comprometeram ainda a intensificar os esforços para a execução de uma “economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza” e “o marco institucional para desenvolvimento sustentável”.
Ambos os presidentes reiteraram o compromisso com os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio das Nações Unidas, em especial aqueles relacionados ao desenvolvimento sustentável e à segurança alimentar e nutricional.
O texto do comunicado, divulgado hoje em Pequim, inclui 29 temas distintos e foi anunciado pelos dois presidentes. Em seguida, estava previsto um banquete oferecido pelo governo chinês à Dilma Rousseff.
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