Símbolo de Nova York, parte do Empire State pode ser sua
Pessoas que sempre se perguntaram como deve ser investir em imóveis na cidade de Nova York poderão em breve ter parte do seu arranha-céu mais famoso, o Empire State.
A família Malkin, dona do histórico prédio Art Deco de 102 andares na Quinta Avenida com a Rua 34, está planejando criar uma companhia de imóveis de capital aberto que incluiria o edifício, de acordo com três de seus executivos informados sobre os planos que falaram sob anonimato por não estarem autorizadas a discutir o assunto.
O arranha-céu atrai milhares de turistas de todo o mundo todos os anos para seu observatório no 86º andar, 1.050 metros acima das ruas da cidade. Se o plano da família Malkin for bem-sucedido, qualquer pessoa será capaz de comprar ações da empresa proprietária do Empire State.
A nova empresa, segundo os executivos, poderá incluir outros grandes prédios de escritórios controlados por Anthony E. Malkin e seu pai Peter L. Malkin, incluindo o Grand Central, de 55 andares, que fica diante do Terminal Grand Central e um edifício de 26 andares, na Rua 250, bem como seis prédios no Condado de Westchester e Connecticut.
Anthony Malkin se recusou a comentar a questão, mas ele, seu pai e seus parceiros esperam lucrar com o prestígio internacional do Empire State e o mercado imobiliário comercial de Nova York, que voltou a atrair compradores de todo o mundo.
"Investidores de todo o mundo querem investir em imóveis em Manhattan", afirmou Michael Knott, diretor-gerente da Green Street Advisors.
Ainda assim, a família Malkins terá de sobrepujar uma série de obstáculos, como conquistar o apoio do seu principal parceiro, Leona Helmsley, que contratou consultores para avaliar a proposta e os 3,4 mil sócios na empresa existente que atualmente é a proprietária do Empire State.
A venda pública aconteceria em meio a uma forte recuperação no número de ofertas públicas iniciais, que quase triplicaram no primeiro trimestre de 2011 em comparação com o mesmo período um ano antes. As ofertas de ações para fundos de investimento imobiliário também aumentaram, com um volume total de US$ 1 bilhão, mais que o dobro das ofertas durante o mesmo período do ano passado. Mas Knott disse que muitas das ofertas mais recentes não têm um desempenho muito bom depois de vendidas nos mercados públicos.
O Empire State Building não teve um início auspicioso quando foi inaugurado em 1931, durante a Grande Depressão. Os críticos o ridicularizaram como o "Empty State" (um trocadilho com a palavra empty (vazio) no lugar da palavra empire (império), e não foi lucrativo até 1950.
O avô de Malkin, Lawrence A. Wien, seu pai e Harry B. Helmsley criaram o que se tornou um modelo para a distribuição de bens imobiliários, quando compraram o controle do prédio em 1961 de Henry Crown e o alugaram a um grupo de investidores, incluindo eles próprios. Esses investidores, em seguida, venderam uma operação de sublocação do prédio a outra entidade controlada agora pela família Malkins e o espólio de Leona Helmsley.
Após anos de luta entre os proprietários e brigas com Donald J. Trump, os Malkins ganharam controle total do edifício há cerca de cinco anos e iniciaram o que se tornou um esforço de US$ 560 milhões para polir o marco e mais que dobrar sua renda. Eles renovaram o lobby – restaurando murais Art Deco originais –, o observatório e trocaram as 6.514 janelas em um esforço para torná-lo um dos mais enérgicos e eficientes prédios da cidade.
Os Malkins e seus corretores da Newmark Knight Frank tem atraído uma série de inquilinos empresariais, incluindo uma divisão da Li & Fung, a gigante empresa comercial que assinou um contrato de locação de 483 mil metros quadrados em janeiro deste ano.
Hoje, o prédio tem cerca de 200 inquilinos, uma queda perceptível dos cerca de 950 em 2002, apesar dos moradores de hoje ocuparem espaços muito maiores. O edifício não chega a cobrar aluguéis tão altos quanto o de prédios como o General Motors, mas os corretores dizem que ele voltou a brilhar.
"Na minha opinião, eles mudaram o prédio para uma propriedade de classe A", disse Peter Riguardi, presidente da Jones Lang LaSalle em Nova York. "Essas mudanças são necessárias. Ele agora é um dos edifícios superiores nessa área”.
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