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Hackers invadem sistemas de fabricantes de armas que trabalham para governo dos EUA

F-35 Lightning II, também conhecido como Joint Strike Fighter (JSF), é um dos modelos de avião fabricados para uso militar dos Estados Unidos cuja tecnologia pode ter sido roubada por hackers - REUTERS/Tom Reynolds/Lockheed Martin Corp/Handout/Files
F-35 Lightning II, também conhecido como Joint Strike Fighter (JSF), é um dos modelos de avião fabricados para uso militar dos Estados Unidos cuja tecnologia pode ter sido roubada por hackers Imagem: REUTERS/Tom Reynolds/Lockheed Martin Corp/Handout/Files

Do UOL Notícias

Em São Paulo*

27/05/2011 21h48Atualizada em 27/05/2011 22h54

Hackers invadiram as redes da Lockheed Martin e de várias outras companhias militares que têm contratos com o governo dos Estados Unidos, segundo informações passadas por uma fonte próxima ao caso à agência de notícias Reuters.

Segundo a fonte, eles conseguiram driblar o sistema de segurança ao duplicar as chaves eletrônicas desenvolvidas pela RCA, divisão de segurança da companhia de tecnologia de informação EMC, e ainda não está claro se os hackers chegaram a roubar algum tipo de dado.

As redes invadidas possuem informações estratégicas a respeito dos armamentos atualmente empregados pelo exército dos Estados Unidos no Afeganistão, por exemplo, além de dados sobre tecnologias bélicas em desenvolvimento.

Um ex-funcionário do Pentágono confirmou, em condição de anonimato, que as companhias a serviço do governo americano contêm informação sensível sobre sistemas avançados de armas, mas toda a informação secreta seria mantida em redes separadas, com controle do governo.

A chave eletrônica "SegurID", desenvolvida pela RCA, é um mecanismo que constantemente gera novas senhas, em um esforço para evitar que os hackers possam identificar uma determinada senha usada de modo recorrente. Segundo a fonte citada pela Reuters, os hackers teriam conseguido duplicar essas chaves eletrônicas a partir de dados roubados dos sistemas da EMC durante um sofisticado ataque há alguns meses.

A invasão da RCA agora levanta dúvidas também sobre o modelo de "SecurID" ativo e a companhia EMC precisa decidir se toda a linha precisará ser reiniciada do zero.

O Pentágono tem cerca de 85 mil pessoas trabalhando em segurança virtual, entre militares e civis. Para os especialistas, é teoricamente impossível construir uma rede que não possa ser invadida. A companhia EMC e os executivos das fabricantes de armas envolvidas se negaram a comentar o caso.

*Com informações da Reuters