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Sarkozy nega rumores de que teria recebido dinheiro de Gaddafi em 2007

Do UOL, em São Paulo

12/03/2012 23h25

Novas suspeitas sobre o financiamento da campanha presidencial de Nicolas Sarkozy em 2007 vieram à tona nesta segunda-feira (12). Um site francês afirmou ter tido acesso a notas oficiais sugerindo que o Muammar Gaddafi, ex-ditador da Líbia, teria contribuído com até 50 milhões de euros (mais de R$ 118 milhões) para a eleição do presidente francês. O presidente negou as acusações, chamando-as de "grotescas".

"Se ele tivesse financiado [a campanha], eu não teria sido tão agradecido", ironizou o presidente francês, em uma alusão ao papel determinante da França na crise da Líbia.

O governo francês liderou as ações da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) na Líbia durante a revolta que terminou com a morte de Gaddafi, em outubro do ano passado, e a queda do seu regime.

Alegações semelhantes emergiram um ano atrás quando o filho de Gaddafi, Saif al-Islam denunciou que o presidente francês havia recebido dinheiro da Líbia e pediu que ele devolvesse a quantia que teria sido destinada a sua campanha em 2007.

Sarkozy afirmou que o filho de Gaddafi "é conhecido por dizer qualquer coisa".

As novas suspeitas surgem em um momento crucial para Sarkozy, que disputa a reeleição nas eleições presidenciais que serão realizadas dentro de seis semanas.

Fabrice Arfi, jornalista do site Mediapart, que divulgou a notícia, disse ao jornal inglês The Guardian que as informações constam de documentos que vazaram de um julgamento sobre o caso. “Há muitos detalhes, incluindo datas, locais e quantias”.

Um dos papéis, uma breve nota do governo, indicaria que visitas de Sarkozy à Líbia teriam como objetivo garantir fundos para sua campanha. Pouco depois da eleição do presidente francês, o coronel Gaddafi foi convidado a visitar Paris.

(Com informações do Guardian e do Le Monde)