Topo

Chanceler paraguaio diz que país pode se reintegrar a blocos antes de abril de 2013

Federico Franco (à dir.), presidente do Paraguai, ao lado do ministro do Interior, Carmelo Caballero (centro) e do chanceler José Félix Fernández Estigarribia (à esq.), em Assunção - Gustavo Segovia/AFP
Federico Franco (à dir.), presidente do Paraguai, ao lado do ministro do Interior, Carmelo Caballero (centro) e do chanceler José Félix Fernández Estigarribia (à esq.), em Assunção Imagem: Gustavo Segovia/AFP

Da Agência Brasil

09/10/2012 08h34

O governo do Paraguai está confiante que será possível o fim da suspensão do país do Mercosul e da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) antes de abril de 2013. O ministro das Relações Exteriores do Paraguai, José Félix Fernández Estigarribia, disse ter recebido sinalizações de chanceles do Brasil e do Uruguai sobre a possibilidade de antecipar a reintegração aos dois grupos antes do prazo estabelecido.

Em 28 a 29 de novembro, há a Cúpula da Unasul, em Lima, no Peru. A expectativa de negociadores brasileiros é que a suspensão do Paraguai seja um dos temas da reunião. A data de 21 de abril de 2013 para o fim da suspensão foi definida com base no calendário eleitoral paraguaio. Nessa data ocorrem as eleições presidenciais no país.


Para o chanceler paraguaio, há a impressão que os países da região buscam soluções à crise regional. "Tenho a impressão de que eles [os líderes políticos sul-americanos] estão reconsiderando [a situação] e [querem] avançar para um diálogo mais construtivo para encontrar uma solução", disse o ministro.

Porém, o chanceler reiterou que o governo paraguaio ainda estuda alternativas de recorrer às suspensões tanto do Mercosul quanto da Unasul. Mas Estigarribia não disse a quais instâncias as autoridades paraguaias pretendem recorrer nem os argumentos que serão apresentados.

O Paraguai foi suspenso do Mercosul e da Unasul em junho, depois da destituição do então presidente Fernando Lugo do poder. Para os líderes políticos da América do Sul, houve o rompimento da ordem da democrática no país devido à forma como ocorreu o processo de impeachment de Lugo.

As autoridades do Paraguai negam irregularidades no processo. Segundo o presidente do Paraguai, Federico Franco, e seus auxiliares a ordem foi obedecida, e a Constituição respeitada durante o processo de impeachment de Lugo.