Vaticano pode limitar a entrada de turistas na Capela Sistina
![Cristo e Maria centralizam a cena do "Juízo Final" pintado por Michelangelo na parede do altar da Capela Sistina, no Vaticano - Reprodução](https://d.i.uol.com.br/diversao/2010/11/12/cristo-e-maria-centralizam-a-cena-do-juizo-final-pintado-por-michelangelo-na-parede-do-altar-da-capela-sistina-no-vaticano-1289566921341_615x300.jpg)
O Vaticano estuda a possibilidade de limitar o número diário de visitantes à Capela Sistina, que diariamente recebe em média mais de 10 mil pessoas. Há dias em que o número de turistas no local chega a 20 mil, segundo dados do Vaticano. No total, são cerca de 5 milhões de visitantes por ano. A Capela Sistina fica no Palácio Apostólico, onde mora o papa Bento 16, e reúne obras de vários artistas da Renascença.
A possibilidade de limitação aos turistas foi divulgada nesta quarta-feira (31) pelo diretor dos Museus do Vaticano, Antonio Paolucci, em texto publicado no jornal oficial do vaticano, "L'Obsservatore Romano".
Segundo o Vaticano, o barulho e o excesso de gente impossibilitam que as pessoas possam apreciar as famosas pinturas de Michelangelo no teto. Especialistas dizem que a umidade e o pó também estão colocando em risco algumas das pinturas. Hoje é comemorado o 500º aniversário da data em que Michelangelo terminou suas obras na Capela Sistina.
“Poderíamos conter o acesso e introduzir o número limitado”, disse o diretor de Museus do Vaticano. “É preciso pôr em prática todas as providências tecnológicas mais avançadas capazes de garantir a eliminação da poeira e dos poluentes, a troca de ar e o controle da temperatura e da umidade”, acrescentou.
Paolucci não disse quando a restrição ao número de turistas começa a vigorar, mas informou que será “em breve e em curto prazo.” No texto, o diretor lembra que, em 31 de outubro de 1512, o papa Júlio II inaugurou a Abóbada de Michelangelo, concluída depois de quatro anos.
Ele recorda que o papa não imaginava aquela arte se tornaria um objeto de admiração e até de destruição. Paolucci destaca, no texto, que a arte europeia passou por transformações a partir das pinturas na Capela Sistina.
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