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Sobe para 88 número de mortes causadas pela tempestade Sandy nos EUA

Passageiros esperam na estação da rua 59, no primeiro dia de funcionamento parcial do metrô de Nova York - Timothy A. Clary/AFP
Passageiros esperam na estação da rua 59, no primeiro dia de funcionamento parcial do metrô de Nova York Imagem: Timothy A. Clary/AFP

Do UOL, em São Paulo

02/11/2012 01h10

Subiu para 88 nesta quinta-feira (1º) o número de mortos devido às consequências da passagem da tempestade Sandy pelos Estados Unidos. A informação é da rede de televisão americana "CNN". O ciclone já havia causado 67 mortes no Caribe, quando ainda era classificado como furacão, e duas no Canadá, totalizando até o momento 157 pessoas mortas.

Nesta quinta, entre os corpos localizados estão os de duas crianças, de 2 e 4 anos, informa a "CNN". Os meninos estavam com a mãe quando os dois foram arrastados pela correnteza durante uma enchente causada pela tempestade em Staten Island, em Nova York (EUA).

De acordo com a agência de notícias AFP, o número de vítimas fatais pode aumentar ainda mais, já que a polícia e os serviços de emergência continuam fazendo buscas em casas que foram alagadas durante a passagem do fenômeno climático.

Em Nova York, a maioria das mortes foi causada por quedas de árvores ou por descargas elétricas devido aos cabos derrubados, assim como pelas inundações súbitas provocadas pelas fortes chuvas.

Metrô volta a funcionar; falta de luz gera agonia em NY

O metrô de Nova York - utilizado diariamente por 5,3 milhões de pessoas - retomou parcialmente seu funcionamento nesta quinta, trazendo um pouco de alívio à cidade.

Somente algumas linhas estão em funcionamento, e nenhuma delas no sul de Manhattan, área mais afetada. A prefeitura decidiu que o metrô será gratuito até esta sexta-feira (02), e depois o serviço deve voltar a funcionar normalmente.

Se o transporte público parecia se recuperar, Nova York não conseguiu ainda resolver um problema igual ou mais angustiante: a falta de luz em 654 mil lares, dos quais 220 mil no sul de Manhattan.

Na maior parte dos casos, a ausência de eletricidade vem acompanhada de falta de água e calefação, no momento em que a temperatura começa a cair.

Elevadores que não funcionam, lojas, restaurantes e lavanderias fechadas: a vida diária está se tornando desesperadora para milhares de nova-iorquinos.

Um porta-voz da companhia Con Edison, Alfonso Quiros, indicou que boa parte do sul de Manhattan só voltará a ter luz no sábado (03).

Segundo a empresa Eqecat, especializada na avaliação de catástrofes, o prejuízo deixado por Sandy pode chegar a US$ 50 bilhões, o dobro do estimado inicialmente.

Em Nova York e Nova Jersey, o fim da inundação revela a grande destruição provocada por Sandy, cujo prejuízo pode superar o deixado pelo furacão Katrina, que destruiu Nova Orleans em 2005.

Vazamento de diesel em NY

A gigante petroleira Shell confirmou nesta quinta-feira que Sandy provocou um vazamento de diesel no litoral de Nova York, sem especificar o volume, e indicou que foram iniciadas as tarefas de limpeza.

A Guarda Costeira dos Estados Unidos, que supervisiona os trabalhos de limpeza, afirmou que a operadora da refinaria, Motiva, calculou em 1,2 bilhão de litros derramados.

Um porta-voz da Guarda Costeira, Erik Swanson, assinalou que os trabalhos de limpeza são dificultados pela magnitude dos danos provocados pelo ciclone.

"O porto foi arrasado, o que complica as coisas. Há escombros nas via navegáveis que dificultam a circulação segura de nossos barcos", explicou. (Com AFP)