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Alpinistas e cães farejadores serão enviados a região no Peru em que brasileiro desapareceu

Arthur Paschoali, 19, estudante brasileiro que desapareceu em região próxima a Machu Picchu, no Peru, no dia 21 de dezembro de 2012 - Reprodução/Facebook
Arthur Paschoali, 19, estudante brasileiro que desapareceu em região próxima a Machu Picchu, no Peru, no dia 21 de dezembro de 2012 Imagem: Reprodução/Facebook

Do UOL, em São Paulo

04/01/2013 20h49

Uma equipe de alpinistas especialistas em resgate em montanha e água e cães farejadores da Polícia Nacional do Peru serão enviados ainda nesta sexta-feira (4) à região de Santa Teresa, no sul do Peru, próximo ao santuário de Machu Picchu, onde o estudante brasileiro Arthur Paschoali, 19, desapareceu no dia 21 de dezembro, segundo informou o Itamaraty.

A decisão de enviar a equipe foi tomada depois que o adido da Polícia Federal do Brasil no Peru, José Calazani, se reuniu hoje com representantes da Polícia Nacional peruana.

O Itamaraty também enviou o diplomata Carlos Garcete, da Embaixada do Brasil em Lima, no Peru, para a região de Santa Teresa. Segundo a pasta, ele irá se reunir ainda hoje com o comissário de polícia local e em seguida com os pais do Arthur.

O diplomata está indo para a região com mapas topográficos que vão auxiliar no planejamento das buscas, ou seja. Garcete ficará na região até que a situação se resolva.

Outro diplomata, Pedro Dalcero, encarregado dos negócios brasileiros no Peru, se encontrará com o ministro do Interior peruano para tratar do assunto. Segundo o Itamaraty, ele é o principal representante brasileiro no país, já que o embaixador atualmente não está em território peruano.

O Ministério das Relações Exteriores, em coordenação com o cônsul-honorário do Brasil em Cuzco, Elson Espinosa Estrada, preparou um material com fotos e dados do brasileiro. Segundo a pasta, o material está sendo “amplamente distribuído” em vários locais na região em que o estudante desapareceu.

A divulgação das fotos de Paschoali está sendo feita, sobretudo, junto a agências de viagem e guias turísticos, que conhecem trilhas e lugares de difícil acesso na região.

As buscas pelo universitário, que cursa Artes Cênicas na UnB (Universidade de Brasília), estão sendo feitas pela polícia peruana e acompanhadas pelo adido da Polícia Federal brasileira no Peru. Os pais de Paschoali também estão em Santa Teresa acompanhando os trabalhos.

Segundo relatos de pessoas que estiveram com Paschoali antes dele desaparecer, o estudante informou que sairia para fazer umas fotos das montanhas. O último lugar em que esteve foi o restaurante Mr. Índio Feliz, onde estava trabalhando há algumas semanas. No local, os pais do jovem encontraram a mochila, roupas e outros pertences dele.

Paschoali deixou o Brasil em setembro junto com amigos para fazer um mochilão pela América Latina até a Guatemala. Ao chegar a Santa Teresa, o jovem decidiu se estabelecer no local. Os colegas seguiram viagem.

Ontem (3), o engenheiro civil Felipe Paschoali, irmão de Arthur, criou uma página no Facebook para obter informações do paradeiro dele.  As medidas do Itamaraty foram anunciadas depois que Felipe fez críticas aos trabalhos do ministério, que, segundo ele, não estava se empenhando o suficiente nas buscas pelo estudante.