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Novo julgamento do ex-presidente egípcio Hosni Mubarak é adiado

Do UOL, em São Paulo

13/04/2013 06h27

O novo julgamento do ex-presidente egípcio Hosni Mubarak, marcado para acontecer neste sábado (13), nos arredores da capital Cairo, foi adiado.

Por decisão do juiz Mustafa Hassan Abdullah, a causa foi transferida a um tribunal de apelação para a designação de uma nova instância para fazer o julgamento. O ex-líder irá a júri pela morte de manifestantes na revolução de 2011. 

Segundo fontes da acusação à agência de notícias Efe, esse é o mesmo tribunal que absolvera anteriormente os acusados da denominada "batalha do camelo" durante a revolução, pelo que o juiz Abdullah assinalou afirmou sentir certo "incômodo" com a causa de Mubarak na abertura da repetição do processo.

Mubarak chegou a comparecer à academia de polícia neste sábado para o novo julgamento.

De acordo com um canal de televisão egípcio, o ex-presidente foi levado de helicóptero do hospital militar de Maadi até o local, onde foram desdobradas fortes medidas de segurança para manter a ordem entre dezenas de simpatizantes e opositores do ex-líder.

Entenda o caso

Em 2012, Mubarak foi condenado à prisão perpétua pela morte de manifestantes durante a revolta popular de 2011, que o tirou do poder, mas, em janeiro deste ano, a Justiça anulou a sentença pela qual o ex-presidente egípcio tinha sido condenado.

Foi então que o tribunal de apelação do Cairo havia ordenado, no último domingo (7), que o julgamento do ex-presidente egípcio Hosni Mubarak se repetisse neste sábado.

Além de Mubarak, voltarão a ser processados pela morte de manifestantes o ex-ministro do Interior Habib al Adli --condenado a prisão perpétua na primeira sentença-- e seis funcionários de seu departamento, que foram absolvidos.

Os dois filhos do ex-líder, Alaa e Gamal, e o empresário Hussein Salem --detido na Espanha-- por crimes de enriquecimento ilícito e por favorecer a exportação de gás a Israel a preços abaixo do valor de mercado também iriam a julgamento.

A defesa do ex-presidente sustenta que a corte que emitiu a histórica sentença contra ele em 2 de junho de 2012 não contava com provas suficientes, enquanto a Procuradoria Geral apelou da decisão por considerar que Mubarak e Adli deviam ter sido castigados com a pena de morte.