Novo julgamento do ex-presidente egípcio Hosni Mubarak é adiado
O novo julgamento do ex-presidente egípcio Hosni Mubarak, marcado para acontecer neste sábado (13), nos arredores da capital Cairo, foi adiado.
Por decisão do juiz Mustafa Hassan Abdullah, a causa foi transferida a um tribunal de apelação para a designação de uma nova instância para fazer o julgamento. O ex-líder irá a júri pela morte de manifestantes na revolução de 2011.
Segundo fontes da acusação à agência de notícias Efe, esse é o mesmo tribunal que absolvera anteriormente os acusados da denominada "batalha do camelo" durante a revolução, pelo que o juiz Abdullah assinalou afirmou sentir certo "incômodo" com a causa de Mubarak na abertura da repetição do processo.
Mubarak chegou a comparecer à academia de polícia neste sábado para o novo julgamento.
De acordo com um canal de televisão egípcio, o ex-presidente foi levado de helicóptero do hospital militar de Maadi até o local, onde foram desdobradas fortes medidas de segurança para manter a ordem entre dezenas de simpatizantes e opositores do ex-líder.
Entenda o caso
Em 2012, Mubarak foi condenado à prisão perpétua pela morte de manifestantes durante a revolta popular de 2011, que o tirou do poder, mas, em janeiro deste ano, a Justiça anulou a sentença pela qual o ex-presidente egípcio tinha sido condenado.
Foi então que o tribunal de apelação do Cairo havia ordenado, no último domingo (7), que o julgamento do ex-presidente egípcio Hosni Mubarak se repetisse neste sábado.
Além de Mubarak, voltarão a ser processados pela morte de manifestantes o ex-ministro do Interior Habib al Adli --condenado a prisão perpétua na primeira sentença-- e seis funcionários de seu departamento, que foram absolvidos.
Os dois filhos do ex-líder, Alaa e Gamal, e o empresário Hussein Salem --detido na Espanha-- por crimes de enriquecimento ilícito e por favorecer a exportação de gás a Israel a preços abaixo do valor de mercado também iriam a julgamento.
A defesa do ex-presidente sustenta que a corte que emitiu a histórica sentença contra ele em 2 de junho de 2012 não contava com provas suficientes, enquanto a Procuradoria Geral apelou da decisão por considerar que Mubarak e Adli deviam ter sido castigados com a pena de morte.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.