Egípcios protestam contra veredicto no julgamento de Mubarak
CAIRO, 5 Jun 2012 (AFP) -Milhares de egípcios protestavam nesta terça-feira no Cairo e no restante do país contra os veredictos considerados brandos demais no processo contra o ex-presidente Hosni Mubarak e seis ex-chefes de sua polícia, em um clima já bastante tenso por causa das eleições presidenciais.
Também havia manifestações em Alexandria (norte) e nas cidades ao longo do Canal de Suez (Suez, Port Said, Ismailia) assim como em Asiut (sul), segundo fontes de segurança.
Milhares de pessoas estavam reunidas na Praça Tahrir, no centro da capital. Várias manifestações devem convergir neste local ao cair da noite.
As polêmicas em torno deste processo deixaram ainda mais pesado o ambiente político à medida que se aproxima o segundo turno das eleições presidenciais de 16 e 17 de junho, na qual se enfrentam um candidato da Irmandade Muçulmana, Mohamed Mursi, e o último premier de Mubarak, Ahmad Shafiq.
Mubarak e seu ex-ministro do Interior, Habib el Adli, foram condenados à prisão perpétua, mas seis ex-chefes de sua polícia foram absolvidos.
O ex-presidente egípcio caiu em uma "depressão nervosa" na prisão onde está detido desde que foi condenado à prisão perpétua, afirmaram nesta terça-feira os serviços de segurança e um de seus advogados.
A saúde de Mubarak, de 84 anos, "se deteriorou depois que foi preso, sobretudo, depois de uma visita de sua esposa (Susana Mubarak) e de suas duas noras" na segunda-feira, declarou à AFP uma autoridade da segurança egípcia.
Seu filho mais novo, Gamal, que está na prisão de Tora, subúrbio ao sul do Cairo, foi transferido para que ficasse mais próximo de seu pai, segundo esta fonte.
Essas autoridades do antigo regime eram julgadas pela repressão sangrenta da revolta contra o regime, no começo de 2011, que oficialmente deixou 850 mortos.
Esses veredictos, que não indicam culpados diretos pela morte dos manifestantes, provocaram diversas reações de ira e manifestações no país. As acusações por corrupção feitas contra Mubarak e seus dois filhos, Alaa e Gamal, não foram consideradas.
"Esses veredictos são grandes provocações. Mostram que desde o início os militares (no poder desde a queda de Mubarak) querem fazer a revolução fracassar", considerou Duaa, uma jovem que protestava na Praça Tahrir.
"Rejeitamos o julgamento de Mubarak, que foi uma grande farsa. Queremos também a destituição do procurador geral, que engavetou todos os processos por corrupção", afirmou Hicham Khalifa, um técnico em informática também presente na praça.
A promotoria anunciou que apresentará um recurso de apelação, mas, segundo uma fonte judicial, este processo pode durar ainda várias semanas.
Apesar da condenação à prisão perpétua pronunciada contra Mubarak, este veredicto é considerado por vários egípcios uma forma de responder aos clamores por justiça pelas ações mais criticadas de seu governo, como a brutalidade da polícia e a corrupção.
Dois candidatos à presidência eliminados no primeiro turno, o nacionalista de esquerda Hamden Sabahi e o islamita moderado Abdel Moneim Abul Futuh, estavam à frente de duas passeatas diferentes em direção à Praça Tahrir.
Ambos prometeram na segunda-feira manter a "revolução".
Também pediram a suspensão do segundo turno, à espera de que a corte constitucional esclareça a situação de Shafiq, cuja situação, a princípio, se enquadra na lei que proíbe que antigas autoridades do regime de Mubarak se candidatem.
Shafiq pediu "respeito à legalidade proveniente das urnas", segundo a rede egípcia CBC.
A Irmandade Muçulmana convocou uma manifestação "em resposta à exigência popular por um novo julgamento".
As manifestações desta terça-feira permitirão aos egípcios "manifestar seu desejo de proteger a revolução", indicou a Irmandade.
Também havia manifestações em Alexandria (norte) e nas cidades ao longo do Canal de Suez (Suez, Port Said, Ismailia) assim como em Asiut (sul), segundo fontes de segurança.
Milhares de pessoas estavam reunidas na Praça Tahrir, no centro da capital. Várias manifestações devem convergir neste local ao cair da noite.
As polêmicas em torno deste processo deixaram ainda mais pesado o ambiente político à medida que se aproxima o segundo turno das eleições presidenciais de 16 e 17 de junho, na qual se enfrentam um candidato da Irmandade Muçulmana, Mohamed Mursi, e o último premier de Mubarak, Ahmad Shafiq.
Mubarak e seu ex-ministro do Interior, Habib el Adli, foram condenados à prisão perpétua, mas seis ex-chefes de sua polícia foram absolvidos.
O ex-presidente egípcio caiu em uma "depressão nervosa" na prisão onde está detido desde que foi condenado à prisão perpétua, afirmaram nesta terça-feira os serviços de segurança e um de seus advogados.
A saúde de Mubarak, de 84 anos, "se deteriorou depois que foi preso, sobretudo, depois de uma visita de sua esposa (Susana Mubarak) e de suas duas noras" na segunda-feira, declarou à AFP uma autoridade da segurança egípcia.
Seu filho mais novo, Gamal, que está na prisão de Tora, subúrbio ao sul do Cairo, foi transferido para que ficasse mais próximo de seu pai, segundo esta fonte.
Essas autoridades do antigo regime eram julgadas pela repressão sangrenta da revolta contra o regime, no começo de 2011, que oficialmente deixou 850 mortos.
Esses veredictos, que não indicam culpados diretos pela morte dos manifestantes, provocaram diversas reações de ira e manifestações no país. As acusações por corrupção feitas contra Mubarak e seus dois filhos, Alaa e Gamal, não foram consideradas.
"Esses veredictos são grandes provocações. Mostram que desde o início os militares (no poder desde a queda de Mubarak) querem fazer a revolução fracassar", considerou Duaa, uma jovem que protestava na Praça Tahrir.
"Rejeitamos o julgamento de Mubarak, que foi uma grande farsa. Queremos também a destituição do procurador geral, que engavetou todos os processos por corrupção", afirmou Hicham Khalifa, um técnico em informática também presente na praça.
A promotoria anunciou que apresentará um recurso de apelação, mas, segundo uma fonte judicial, este processo pode durar ainda várias semanas.
Apesar da condenação à prisão perpétua pronunciada contra Mubarak, este veredicto é considerado por vários egípcios uma forma de responder aos clamores por justiça pelas ações mais criticadas de seu governo, como a brutalidade da polícia e a corrupção.
Dois candidatos à presidência eliminados no primeiro turno, o nacionalista de esquerda Hamden Sabahi e o islamita moderado Abdel Moneim Abul Futuh, estavam à frente de duas passeatas diferentes em direção à Praça Tahrir.
Ambos prometeram na segunda-feira manter a "revolução".
Também pediram a suspensão do segundo turno, à espera de que a corte constitucional esclareça a situação de Shafiq, cuja situação, a princípio, se enquadra na lei que proíbe que antigas autoridades do regime de Mubarak se candidatem.
Shafiq pediu "respeito à legalidade proveniente das urnas", segundo a rede egípcia CBC.
A Irmandade Muçulmana convocou uma manifestação "em resposta à exigência popular por um novo julgamento".
As manifestações desta terça-feira permitirão aos egípcios "manifestar seu desejo de proteger a revolução", indicou a Irmandade.