"Eu vi o atirador", diz estudante que socorreu feridos de tiroteio em Nova Orleans

“Eu vi o atirador. Ele era um jovem negro. Não tem mais de 18 anos, magro e estava usando uma camiseta branca e uma calça jeans. Estava em pé com sua mão esticada e atirando rapidamente no meio da rua”, disse ao “The Daily Beast” a estudante de medicina Jaratt Pytell, que participava do desfile de Dia das Mães em Nova Orleans no último domingo (12).

O evento foi marcado por um tiroteio que feriu 19 pessoas –17 adultos e duas crianças.

A declaração da estudante bate com as características de Akein Scott, 19, suspeito de ter cometido os disparos, e com a vestimenta do suspeito vista em vídeo divulgados pelas autoridades nesta terça-feira (14).

O jovem está foragido. Segundo o chefe da polícia de Nova Orleans, Ronal Serpas, uma ordem de prisão já foi emitida, enquanto os agentes revistaram três casas na noite desta segunda-feira (13), embora não tenham conseguido localizar o jovem.

Pytell contou ao “The Daily Beast”  que dançava com conhecidos quando ouviu um barulho que lembrava fogos de artifício. Quando partiu para outra rua a fim de continuar o percurso, ela avistou o atirador. Logo em seguida, uma onda de pessoas começou a correr no sentido contrário de onde vinham os tiros.

“As balas vinham tão rápido. Uma onda de pessoas caiu no chão”.

O tiroteio foi muito rápido, mas suficiente para deixar feridos. Pytell socorreu três pessoas. Uma delas foi uma senhora que sofreu uma fratura exposta no braço esquerdo, um homem baleado no braço e outro atingido na perna esquerda.

Para estancar o sangue da perna, a estudante usou um cinto para fazer um torniquete. “Nós o tiramos do local onde ele foi baleado para ter certeza que ele não seria atingido de novo”, disse.

O FBI --a polícia federal dos Estados Unidos-- descartou a chance do tiroteio ter sido um atentado terrorista.