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Vice-presidente queniano diz que terroristas devem ser "combatidos sem piedade"

Do UOL, em São Paulo

23/09/2013 16h05

O vice-presidente queniano, William Ruto, disse, em entrevista coletiva realizada nesta segunda-feira (23), que os terroristas responsáveis pelos ataques do shopping Westgate, em Nairóbi, no Quênia, "podem e devem ser combatidos sem piedade".

"Vou continuar a orar por todos vocês [autores dos ataques] para encontrar consolo na paz de Deus", completou ele, que aproveitou sua primeira aparição pública, desde o último sábado (21), para parabenizar a ação da polícia queniana. "Vamos continuar trabalhando para manter o Quênia seguro", garantiu Ruto.

Segundo ele, a polícia nacional está preparada para derrotar os inimigos, como classificou o grupo islâmico Al-Shabab, que assumiu a autoria da ação e disse ser um revide à presença militar queniana em seu país. "Vamos vencê-los. Vamos derrotá-los. Eles não merecem estar vivo no século 21", disse o vice-presidente.

"Eles trabalham para o diabo, nós trabalhamos para um Deus vivo e vamos derrotá-los", afirmou o político ao fim da entrevista. Mas, antes de concluir seu discurso, Roto confirmou a informação dada pelo ministro do Interior queniano, Joseph Ole Lenku, e disse que as forças de segurança estão no "último estágio" para concluir a retomada do shopping.

Supostos Crimes contra a Humanidade

William Ruto está sendo julgado por supostos crimes contra a humanidade. Mas, no último domingo (22), o vice-presidente queniano solicitou ao Tribunal Penal Internacional que seu julgamento fosse adiado para que pudesse intervir no caso da ocupação de um shopping de Nairóbi por parte fundamentalistas islâmicos.

O TPI acusa Ruto e o jornalista queniano Joshua Arap Sang de crimes relacionados com a onda de violência que deixou mais de 1,3 mil mortos e 300 mil deslocados após as eleições de dezembro de 2007.

O presidente do país, Uhuru Kenyatta, também será julgado no próximo dia 12 de novembro pelo TPI pelos mesmos crimes. http://noticias.uol.com.br/ultimas-

Atiradores usaram granadas e fuzis

O grupo entrou no shopping center por volta de meio-dia (6h em Brasília) de sábado, atirando granadas e disparando com fuzis automáticos. Centenas de frequentadores do shopping conseguiram fugir do local; outros vários se esconderam dentro do shopping, onde puderam: cinema, supermercado, lojas.

Ao menos 175 pessoas ficaram feridas e outras 62 morreram durante o ataque, que é o maior no Quênia desde que uma célula da Al Qaeda no leste da África bombardeou a embaixada dos Estados Unidos em Nairóbi em 1998, matando mais de 200 pessoas. Em 2002, a mesma célula militante atacou um hotel israelense e tentou derrubar jatos israelenses em um ataque coordenado.

 

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