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China diz que incidente em Pequim foi "terrorismo" e prende cinco suspeitos

Agentes montam barreira na praça de Praça da Paz Celestial, em Pequim - Ed Jones/AFP
Agentes montam barreira na praça de Praça da Paz Celestial, em Pequim Imagem: Ed Jones/AFP

Do UOL, em São Paulo

30/10/2013 09h20

Autoridades chinesas prenderam cinco suspeitos de terem causado um incidente fatal com um carro na Praça da Paz Celestial (também conhecida como Tiananmen) em Pequim, na segunda-feira (28), quando um veículo avançou contra uma multidão deixando cinco mortos e 38 feridos, anunciou a imprensa estatal chinesa nesta quarta-feira (38).

Pela primeira vez, as autoridades descreveram o incidente oficialmente como um "ataque terrorista".

A polícia enviou um alerta a hotéis de Pequim procurando oito suspeitos vindos da região muçulmana de Xinjiang por suspeita de relação com o incidente e pedindo o com as autoridades caso eles fossem encontrados.

Nesta quarta, a polícia de Pequim também ordenou que as oficinas mecânicas da cidade busquem carros com placa de Xianjiang que tenham sido consertados recentemente e efetua buscas nos aeroportos do país.

Veículo avança contra multidão e deixa cinco mortos na China

Os suspeitos detidos são todos da etnia uigur, um povo muçulmano de língua turca que vive em Xianjiang. Esta grande região autônoma situada no extremo oeste da China registra com frequência distúrbios relacionados à tensão entre han (etnia majoritária na China) e uigures.

As autoridades acusam com regularidade os militantes uigures de "terrorismo".

Segundo a polícia, as três pessoas que morreram dentro do carro que causou o incidente também era uigures. Além deles, uma turista filipina e um turista chinês da província meridional de Guangdong também morreram.

O Congresso Mundial Uigur, uma organização no exílio, afirmou que teme o aumento da repressão contra os uigures. (Com AFP)