Prefeito de Toronto admite que comprou drogas ilegais nos últimos dois anos
Em discurso na Câmara Municipal de Toronto (Canadá) nesta quarta-feira (13), o prefeito Rob Ford admitiu ter comprado drogas ilegais nos últimos dois anos.
Na semana passada, Ford afirmou que fumou crack durante um “estupor alcoólico”, “provavelmente um ano atrás”, mas havia negado que fosse um viciado e que precisasse de tratamento. A confissão foi feita após seis meses de polêmica, que começou em maio deste ano, a partir da notícia de que Ford estaria em um vídeo fumando crack.
Os vereadores, então, convocaram o prefeito à Câmara para pedir --quase que por unanimidade-- que ele se afastasse do cargo, já que a Câmara não tem poder para destituir o prefeito, eleito democraticamente. Essa foi a primeira reunião que as partes tiveram desde a confissão do prefeito. Ford, no entanto, disse que não tem como mudar o passado, mas que continuará trabalhando por Toronto.
A afirmação de que comprou drogas veio após a pergunta de um vereador se o prefeito havia comprado substâncias ilegais nos últimos dois anos. “Sim, eu comprei”, respondeu Ford, que ainda deixou no ar possíveis novas revelações que pode vir a fazer. "Não sei, não sei, pode ter ficado algo para contar. Não sei, não sei se ficou."
Uma pesquisa encomendada por programas de TV e estações de rádio de Toronto mostra que 76% dos eleitores da cidade gostariam que Ford se demitisse ou, ao menos, se licenciasse do cargo de prefeito.
Para a vereadora Jaye Robinson, a “reputação” da cidade foi prejudicada. “Estamos pedindo que se afaste para resolver os desafios de sua vida privada longe dos olhos do público”, disse. "Ao longo dos últimos seis meses, e especialmente nas últimas semanas, temos estado cada vez mais preocupados com o ciclo interminável de acusações, negações e confissões tardias sobre o seu comportamento", completou.
Além do pisódio do crack, na última quinta-feira foi divulgado um vídeo no qual o prefeito aparece embriagado e fora de controle, fazendo ameaças de morte a uma pessoa não identificada.(Com Reuters e AFP)
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