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Turista brasileira morre no Paraguai ao ser arrastada por correnteza

Pessoas caminham em rua alagada pela chuva em Assunção, no Paraguai - Andrés Cristaldo/EFE
Pessoas caminham em rua alagada pela chuva em Assunção, no Paraguai Imagem: Andrés Cristaldo/EFE

Lucas Azevedo

Do UOL, em Porto Alegre

19/03/2014 19h16

Uma turista brasileira morreu terça-feira (18) depois de carregada pela correnteza de um córrego no meio da capital paraguaia, Assunção. A bibliotecária Rosângela Schiavo, 56, moradora de Porto Alegre, foi surpreendida quando trafegava de motocicleta pela avenida General Santos, via que é dividida por um arroio.

As autoridades locais localizaram o corpo da brasileira na entrada de tubulação horas depois, a cerca de 800 metros de onde havia desaparecido. Já o seu marido, Antônio Carlos Schiavo, conseguiu se salvar se segurando em entulhos. A moto do casal foi totalmente engolida pelas águas, fazendo com que os bombeiros tivessem dificuldade para guinchar o veículo do leito do riacho.

Em sua página pessoal no Facebook, Rosângela fez relatos da viagem. O último deles foi escrito nessa terça-feira.

"Bom dia! Em razão de uma manifestação por falta de gás na fronteira Argentina com Paraguai não pudemos passar ontem. Pernoitamos em Clorinda. Cidade do interior do interior da Argentina! Rsrsrs. Hoje chove muito, mas vamos em frente! Nosso destino: Asuncion e depois Foz do Iguaçú. Hoje se Deus quiser a janta vai ter feijão! Bjs".

O corpo da brasileira deve ser trazido ao Brasil ainda esta semana para ser cremado.

O acidente tem gerado discussões entre as autoridades paraguaias. O engenheiro Germán Fleitas, diretor de obras do município de Assuncão, disse que uma série de colunas de concreto haviam sido instaladas ao longo da avenida, nas margens do arroio, como proteção. Porém, no ponto em que Rosângela se acidentou, os obstáculos foram retirados para dar lugar ao estacionamento de uma delegacia. 

Por outro lado, o comissário Eulalio Monks, chefe da 9ª delegacia de política, negou qualquer responsabilidade no acidente. Ele disse que há três meses assumiu o cargo e que por isso não pode responder às acusações do engenheiro.