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Após nova pista, buscas por avião da Malásia são retomadas; satélites revelaram 122 objetos suspeitos

Do UOL, em São Paulo

26/03/2014 17h27

A Austrália anunciou, na tarde desta quarta-feira (26), que foram retomadas as buscas pelos destroços do avião da Malaysia Airlines em uma região remota no meio do oceano Índico. A Aeronave desapareceu no último dia 8 enquanto fazia um voo de Kuala Lumpur (Malásia) para Pequim (China), com 239 pessoas a bordo. 

Segundo o governo da Malásia, o avião caiu em uma área remota e hostil, no meio do oceano Índico, e distante de sua rota original. Por que o voo se desviou do caminho e as circunstâncias do acidente são alvos de investigação de autoridades.

Hoje, mais cedo, autoridades anunciaram a detecção de 122 objetos flutuando em uma zona de 400 quilômetros quadrados em uma das áreas de busca do sul do oceano Índico, onde teria caído o voo MH370. 

Agora, seis países, com a Austrália à frente, vasculham essa parte do Índico com sete aviões militares e cinco civis, o navio australiano HMS Success, o navio quebra-gelo Xue Long (Dragão de Neve) e o barco de guerra Qiandaohu, ambos chineses. A China anunciou ainda que outro navio, o Han Xun 1, também participará das buscas a partir desta quarta.

O ministro da Defesa da Malásia, Hishamudin Hussein, explicou em entrevista coletiva em Penang, a cerca de 50 quilômetros de Kuala Lumpur, que as imagens foram feitas no último domingo pela Airbus Defence & Space, fornecidas pela França na terça-feira e imediatamente transmitidas à Austrália, que coordena a busca.
 
"É imprescindível que possamos vincular os restos [encontrados] com o MH370; isso nos permitirá diminuir a zona de busca", disse ele.

Satélites da Austrália, China e França já haviam registrado imagens com objetos flutuantes possivelmente relacionados ao MH370, mas até o momento nenhum deles foi recuperado, apesar da gigantesca mobilização internacional.

Segundo Hussein, alguns dos objetos têm até 23 metros de comprimento e outros brilham, o que indica que podem ser sólidos. As peças estão concentradas em uma área de cerca de 400 quilômetros quadrados, a cerca de 2.500 quilômetros ao sudoeste da cidade australiana de Perth.