Três meses após renunciar a armas químicas, Síria tem suspeita de ataque com gás tóxico
Opositores sírios acusaram nesta quarta-feira (16) o governo do presidente Bashar Assad de promover um novo ataque químico no país --o quatro, segundo eles, só neste mês-- na cidade de Damasco.
Ao menos quatro pessoas ficaram feridas e estão recebendo tratamento médico.
A Síria está oficialmente impedida de promover ataques químicos desde janeiro, seguindo os termos do acordo mediado por Rússia e Estados Unidos, que forçou o país a renunciar às suas armas químicas e aderir à Convenção das Nações Unidas para a Proibição das Armas Químicas.
De lá para cá, a Síria já entrou mais da metade de todo arsenal químico, segundo balanço oficial das Nações Unidas.
Nova chance para entregar arsenal
Preocupada com perda do prazo --13 de abril-- pelo governo sírio para a destruição de suas armas químicas, a operação conjunta da Opaq (Organização para a Proibição de Armas Químicas) da ONU declarou, na última segunda-feira (14), que espera por uma "intensificação dos esforços" rumo à eliminação de todas as armas químicas do país até o fim do mês.
"A perda do próximo prazo --27 de abril-- pode impactar seriamente a eliminação de todo o programa de armamentos químicos da Síria até o fim do semestre", disse o porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric. "Cabe aos Estados-membros discutirem os próximos passos da missão. Atualmente, afirmamos apenas que o lento ritmo de desarmamento é preocupante."
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