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Depois de escapar sete vezes da morte, prisioneiro de 75 anos é executado nos EUA

Tommy Arthur, apelidado de "Houdini do corredor da morte", foi condenado à morte por assassinato - Alabama Department of Corrections via AP
Tommy Arthur, apelidado de "Houdini do corredor da morte", foi condenado à morte por assassinato Imagem: Alabama Department of Corrections via AP

Do UOL, em São Paulo

26/05/2017 02h37

Após conseguir evitar a morte por sete vezes, em uma longa batalha judicial contra sua pena de morte, o americano Tommy Arthur, 75, condenado por assassinato, foi executado no início da madrugada desta sexta-feira (26) nos Estados Unidos. Segundo o site da NBC News, a morte foi declarada à 0h15 pelo horário local (2h15 em Brasília).

A execução, que estava inicialmente marcada para as 18h locais (20h em Brasília) da quinta, chegou a ser suspensa meia hora antes por um juiz, em caráter temporário. Mas a Suprema Corte revogou o cancelamento antes da meia-noite (esse era o prazo para a revogação) e manteve a condenação. Arthur foi submetido a uma injeção letal.

Conhecido como "o Houdini da morte", Arthur foi sentenciado à morte pela primeira vez em 1983 por um assassinato que ele assegurou, até o fim, não ter cometido. Desde então, 58 presos haviam sido executados no Estado, enquanto ele continuava tentando evitar a sua morte. Na penúltima vez, em novembro de 2016, ele conseguiu a suspensão da execução minutos antes de ser preso na maca para receber a injeção.

Seu caso foi muito criticado tanto pelos que apoiam a pena de morte como pelos que se opõem. Estes últimos viam esse longo tempo no corredor da morte como uma forma de tortura psicológica, enquanto os partidários da pena de morte acreditavam que Arthur e seus advogados vinham 'brincando' com o sistema legal para burlar a Justiça.

Arthur foi declarado culpado de conspirar com sua então amante, Judy Wicker, para assassinar o marido dela, Troy, de modo que ela pudesse receber o seguro de vida do cônjuge. Judy teria pago US$ 10 mil a Arthur pelo crime.

Antes do caso de Troy vir à tona, o americano já havia cumprido cinco anos de prisão pela morte, em 1977, de sua meia-irmã - crime pelo qual ele chegou a se declarar culpado, embora classificando-o como um acidente, uma vez que estaria bêbado no momento do ocorrido. Mas, quanto a Troy, Arthur sempre negou o homicídio.