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Como uma baleia apareceu encalhada na beira do rio Sena, em Paris?

Reprodução/Twitter
Imagem: Reprodução/Twitter

Colaboração para o UOL

21/07/2017 12h59

Moradores e turistas acordaram na manhã desta sexta-feira (21) com uma visão chocante de uma enorme “baleia” encalhada às margens do rio Sena, na região da Catedral de Notre Dame, um dos pontos mais famosos de Paris.

Mas quem pensou que o mamífero foi capaz de atravessar o Canal da Mancha e chegar ao famoso rio da capital francesa antes de encalhar se enganou completamente. Tudo não passou de uma ação - bastante realista - de um coletivo belga chamado Capitão Boomer, cujo objetivo é aumentar a conscientização sobre a caça a baleias e golfinhos.

E não foi apenas a aparição da baleia que consistiu a manifestação. Junto à réplica de plástico de 20 metros, um grupo de falsos cientistas fingia examinar o animal e também chamava atenção. "É uma maneira artística de conscientizar as pessoas sobre o meio ambiente", disse Bert Van Peel, fundador do capitão Boomer, ao jornal local "Le Figaro".

A ideia de chamar atenção parece ter dado certo, já que imagens do falso cetáceo foram amplamente publicadas em redes sociais. Um vídeo postado por um membro do grupo mostra ele alertando os curiosos de que poderia haver outras baleias na água e que ela não estava própria para banho.

"O que também desejamos é criar novas fronteiras entre ficção e realidade, pois é fantástico revivermos esta experiência de criança. Porque, na verdade, esta é a questão que se coloca ao longo de toda nossa vida: o que é o real, o que é falso?”, refletiu Van Peel.

Esta não é a primeira vez que uma "baleia" foi levada em um lugar inesperado na França. No verão passado, o mesmo grupo colocou uma escultura similar na margem de um rio da cidade de Rennes, na Bretanha. A versão parisiense do animal deve ficar exposta no Sena até a próxima semana.

Fato é que não é incomum encontrar baleias reais mortas ou encalhadas no litoral francês. Um caso em novembro de 2015, na praia de Calais, inclusive gerou comoção mundial: dos dez animais encontrados à ocasião, sete morreram - os outros três conseguiram voltar ao oceano com a subida da maré.