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EI reivindica ataque em Londres; governo britânico eleva nível de alerta para "iminente"

Imagem publicada no Twitter mostrar um recipiente branco em chamas dentro do metrô de Londres Imagem: Reprodução/Twitter @sylvainpennec

Do UOL, em São Paulo

15/09/2017 16h42Atualizada em 15/09/2017 18h18

O Estado Islâmico assumiu a responsabilidade por uma explosão nesta sexta-feira que feriu 29 pessoas em um trem lotado do metrô de Londres, disse a agência de notícias do grupo militante, Amaq. A premiê britânica, Theresa May, anunciou que o governo está aumentando o nível de ameaça terrorista de "grave" para "crítico", que significa que um ataque terrorista seria iminente.

O ataque - o quinto em seis meses na Grã-Bretanha - aconteceu às 8h20 (4h20 de Brasília) na estação de Parsons Green, localizada em um bairro nobre no sudoeste da capital. A polícia acredita na hipótese de o artefato que não explodiu completamente, mas que bastou para ferir vários passageiros. Os responsáveis continuam foragidos, e a expectativa para o fim de semana é de que haja grandes aglomerações em torno de eventos esportivos.

O Serviço Nacional de Saúde (NHS, na sigla em inglês) informou que 29 feridos, nenhum em estado grave, foram hospitalizados, "em sua maioria por queimaduras".

Em seu comunicado, o EI diz que várias pessoas participaram do ataque no metrô, e promete que "mais ataques devastadores" serão realizados.

A primeira-ministra britânica, Theresa May, disse em uma declaração televisionada que policiais armados e militares serão vistos nas ruas nos próximos dias. "Para este período, o pessoal militar irá substituir os policiais em funções de guarda em certos locais protegidos que não são acessíveis ao público", disse ela. Ela ainda denunciou o atentado "odioso", ressaltando que a bomba usada foi concebida para causar enormes danos."É uma medida proporcional e sensata, que proporcionará segurança e proteção extraordinária, enquanto continua a investigação", acrescentou.

Imagens publicadas no Twitter mostravam o que pode ser o dispositivo explosivo: um balde branco queimando em uma sacola plástica de supermercado dentro de um vagão do metrô, perto das portas automáticas, e de onde saíam fios elétricos.

Esse episódio ocorre em um contexto de grande ameaça terrorista no Reino Unido, após uma onda de ataques reivindicados pelo Estado Islâmico (EI) nos últimos meses no país. Pouco depois do ataque, várias testemunhas descreveram a explosão, mas também cenas de pânico. "Houve um enorme boom", relatou Charlie Craven, que se dirigia para o metrô para ir trabalhar.

Louis Hather, de 21 anos, que também ia para o trabalho e estava no metrô, descreveu à AFP "pessoas gritando e correndo pelas escadas". Ferido na perna na confusão, conseguiu sair na rua onde "muitas pessoas choravam. O cheiro era de plástico queimado", relatou, chocado, descrevendo "uma mulher levada de maca para uma ambulância com queimaduras por todo corpo".

Este é o mais recente em uma série de ataques terroristas na capital britânica. Em março, em Londres, um terrorista usou um veículo para atropelar pedestres na ponte de Westminster antes de esfaquear um policial, matando cinco pessoas. Em maio, um suicida explodiu uma bomba artesanal na saída de um show da cantora pop americana Ariana Grande em Manchester (norte), deixando 22 mortos. Em junho, terroristas a bordo de uma caminhonete atropelaram transeuntes na London Bridge, antes de esfaquearem vários deles. Oito pessoas morreram nesse evento.

Outro atentado, desta vez contra muçulmanos perto da mesquita londrina de Finsbury Park em junho passado, foi cometido por um homem qe se lançou contra a multidão. O ataque deixou um morto e cerca de dez feridos.

May rebate Donald Trump

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou os "terroristas fracassados" que garantiu estarem por trás do atentado desta sexta-feira. "Outro ataque em Londres por um terrorista fracassado", tuitou o presidente americano. "São pessoas doentes e dementes que estavam na mira da Scotland Yard. Temos que ser proativos!", acrescentou.

Sobre as declarações do presidente americano, May denunciou as especulações "que não ajudam, de forma alguma, uma investigação ainda em curso".

Não há indicações concretas se os culpados do ataque estavam, de fato, no radar da polícia britânica. Mas, se este for o caso, Trump revelou uma informação importante antes que as autoridades britânicas a tornassem pública.

 

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