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Polícia prende estudante suspeito de matar os pais em universidade dos EUA

Policiais durante as buscas feitas na sexta-feira ao estudante suspeito de matar os pais - Cory Morse/The Grand Rapids Press-MLive.com via AP
Policiais durante as buscas feitas na sexta-feira ao estudante suspeito de matar os pais Imagem: Cory Morse/The Grand Rapids Press-MLive.com via AP

Do UOL, em São Paulo

03/03/2018 04h29

Um estudante da Universidade Central de Michigan suspeito de matar os pais em um dormitório do campus da instituição foi preso neste sábado (3). Ele vinha sendo procurado desde a manhã de sexta-feira (2) após praticar o crime e fugir.

Ele é acusado de matar o pai, que era policial, e a mãe a tiros por volta das 8h30 (10h30 de Brasília) da sexta. A motivação seria problemas familiares. 

James Eric Davis Jr, suspeito de matar os pais a tiros na Universidade de Michigan - Divulgação/Central Michigan University via AP - Divulgação/Central Michigan University via AP
James Eric Davis Jr, suspeito de matar os pais a tiros na Universidade de Michigan
Imagem: Divulgação/Central Michigan University via AP
Em comunicado obtido pela agência Reuters, o porta-voz da universidade, Heather Smith, disse que o jovem foi visto por uma pessoa em um trem que atravessava o extremo norte do campus na cidade de Mount Pleasant, a cerca de 125 milhas (200 km) a noroeste de Detroit, pouco depois da meia-noite, e acabou sendo preso. O suspeito foi identificado como James Eric Davis Junior, 19.

Após o crime, o campus ficou fechado e alguns alunos ficaram presos nas salas e nos dormitórios até o meio da tarde, enquanto a polícia realizava uma grande busca pelo suposto atirador, com helicópteros e cães farejadores. Oficiais fortemente armados se espalharam por toda a cidade.

Funcionários da universidade anunciaram às 15h (17h de Brasília) que os alunos foram escoltados pela polícia no momento de deixarem os edifícios.

Suspeito conhecido pela polícia

Davis, que mora no estado vizinho de Illinois, mas frequentava a faculdade em Michigan, era conhecido por agentes policiais.

Ele chegou a ser levado ao hospital na noite anterior aos disparos por um "tipo de incidente relacionado com drogas: uma superdose, ou uma má reação às drogas", informou o porta-voz da polícia do campus, Larry Klaus, em coletiva de imprensa.

Após atendimento, ele foi liberado pela equipe do hospital, informou Klaus.

As vítimas, que viviam em um subúrbio de Chicago, foram identificadas como pais do jovem por um legislador do estado de Illinois. 

Não ficou claro qual o tipo de arma que Davis usou, ou como ele a adquiriu.

O estado de Michigan permite o porte de armas com uma autorização, enquanto a Universidade Central de Michigan as proíbe em todo o campus.

A reação aos disparos foi rápida nesta sexta-feira de manhã, com múltiplos alertas nas redes sociais e nos celulares poucos minutos após o incidente.

Foi pedido às pessoas que estavam fora do centro que se mantivessem distantes da zona, muitos deles pais que iam buscar seus filhos.

Ataque a tiros na Flórida

Os disparos foram feitos em meio a um renovado debate nos Estados Unidos sobre a violência com armas de fogo e o papel das forças de ordem em deter os possíveis atiradores, iniciado depois que 17 pessoas morreram em um ataque a tiros na escola secundária Marjory Stoneman Douglas, na Flórida.

Nikolas Cruz, o responsável pelo ataque a tiros na Flórida, tinha antecedentes criminais por confrontos com as forças de ordem, que se viram atingidas por não terem evitado a tragédia apesar das múltiplas advertências recebidas.

Cruz usou um fuzil de assalto semiautomático em seu ataque, o que levou os alunos da escola a fazerem apelos públicos por mudanças nas leis de armas do país.

O presidente Donald Trump sugeriu treinar e armar alguns professores, realizar verificações mais rígidas de antecedentes criminais e um possível aumento na idade mínima para comprar um fuzil.

Mas a poderosa Associação Nacional do Rifle anunciou que Trump se opunha ao controle de armas, após um encontro com ele na quinta-feira.

(Com a agência de notícias AFP)