Trump reclama de investigação e diz ter "direito absoluto" de conceder perdão a si mesmo
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira (4) que tem "direito absoluto" de conceder a si mesmo o perdão presidencial e que não "fez nada de errado" no que diz respeito à investigação conduzida sobre o suposto complô entre sua membros de sua campanha presidencial e a Rússia, que ele chama de "caça às bruxas".
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"Como foi estabelecido por inúmeros especialistas, tenho o absoluto direito de conceder o PERDÃO a mim mesmo, mas por que faria isso que não fiz nada errado?", questionou no Twitter.
"Enquanto isso, a Caça às Bruxas sem fim, liderada por 13 democratas muito Zangados e em Conflito (e outros) continua enquanto se aproximam as eleições de meio mandato", reclamou o presidente americano, em relação à disputa eleitoral no Congresso americano que ocorre no segundo semestre deste ano.
A declaração de Trump ocorre após Rudolph Giuliani, ex-prefeito de Nova York e advogado do presidente, apontar que a Constituição permite a possibilidade do "autoindulto", embora tenha indicado que Trump não tem intenção de fazê-lo. "Perdoar outras pessoas é uma coisa. Perdoar a si mesmo é outra", assinalou Giuliani.
Em uma carta enviada em janeiro a Robert Mueller, o procurador especial que investiga o caso russo, os advogados do presidente argumentaram que Trump "poderia, se quisesse, acabar com a investigação ou inclusive exercer seu poder de perdão se assim o desejasse".
O líder americano questiona insistentemente o trabalho do procurador especial, que há um ano investiga a suposta interferência russa nas eleições presidenciais americanas 2016 e os possíveis laços entre a campanha republicana e funcionários russos.
Mueller foi nomeado procurador especial após Trump demitir James Comey como diretor do FBI em maio de 2017.
O presidente americano exigiu em repetidas ocasiões o fim da investigação da trama russa e a qualificou como uma "caça às bruxas", citando seu suposto custo de US$ 20 milhões como uma das razões para fazê-lo.
"A nomeação do procurador especial é totalmente inconstitucional", disse Trump em outro tuíte desta segunda.
Vários perdões concedidos por Trump, inclusive um da semana passada a um comentarista político conservador condenado por crimes de financiamento ilegal de campanhas, também criaram dúvidas sobre a maneira como ele usa o poder de perdão presidencial e levaram alguns estudiosos constitucionais, analistas legais e parlamentares democratas a acusá-lo de minar o Estado de Direito com perdões baseados em considerações políticas. (Com agências internacionais)
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