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Após repercussão, Planalto recua e diz que senhas são para atendimentos a venezuelanos

FABIO RODRIGUES POZZEBOM / AGENCIA BRASIL / AFP
Imagem: FABIO RODRIGUES POZZEBOM / AGENCIA BRASIL / AFP

Do UOL

Em São Paulo*

29/08/2018 16h31

Após Michel Temer dizer na manhã desta quarta-feira (29) que o governo cogitava "colocar senha para 100, 200 pessoas por dia e organizar essa entrada", referindo-se ao afluxo de venezuelanos no país, o Palácio do Planalto divulgou nota no início da tarde dizendo que o objetivo não é limitar a entrada dos estrangeiros.

De acordo com comunicado distribuído à imprensa, as senhas visam a "aprimorar um processo de atendimento humanitário em Roraima, o que não pode ser confundido, em hipótese alguma, com fechamento à entrada de venezuelanos no Brasil".

Em entrevista à Rádio Jornal, de Pernambuco, nesta manhã, Temer afirmou que a possibilidade de distribuição de senhas para limitar a entrada de imigrantes foi discutida em reuniões internas.

"Outra providência que talvez venha a ser tomada, ontem foi objeto de conversações, é que hoje entram de 600 a 700 por dia e isso está criando problemas até para vacinação, organização. Eles pensam em colocar senhas de maneira que entrem 100, 150, 200 por dia e cada dia entre um determinado número para organizar um pouco mais essas entradas", disse.

A nota divulgada nesta tarde diz ainda que, com a intensificação do processo de interiorização, Temer determinou que os mecanismos de controle de entrada sejam melhorados, "tornando-os mais eficientes no atendimento aos refugiados e, ao mesmo tempo, preservando as estruturas de atenção às famílias brasileiras".

*Com agência Estado