Autor de atentado em Brasília comprou R$ 1.500 em fogos, diz TV
O autor de atentado em Brasília gastou mais de R$ 1.500 em fogos de artifício em uma loja de Ceilândia, no Distrito Federal, no início do mês.
O que aconteceu
Francisco Wanderley Luiz foi à loja nos dias 5 e 6 de novembro, segundo a TV Globo. Ele fez duas compras: uma de R$ 295 e a segunda, de R$ 1.250, ambas pagas com cartão de débito.
Segundo a polícia, Luiz adulterou fogos de artifício para aumentar a potência e fazer uma espécie de bomba caseira. Ele morreu na quarta (13), como resultado de uma explosão, depois de jogar artefatos na sede do STF (Supremo Tribunal Federal).
Imagens de uma câmera de segurança, exibidas pela Globo, mostram Luiz na loja escolhendo os artefatos. Segundo a Polícia Federal, Luiz, catarinense, estava no Distrito Federal desde o meio do ano. Na casa alugada em Ceilândia foram achados outros explosivos.
A investigação sobre o caso
PF investiga se foi terrorismo. De acordo com o diretor da Polícia Federal, Andrei Passos Rodrigues, o caso será apurado como ato terrorista e ataque ao Estado Democrático de Direito. A PF vê sinais de "planejamento de longo prazo" e possíveis "conexões" com o 8 de janeiro.
Ex-mulher diz que alvo era Moraes. A agentes da PF em Santa Catarina, a ex-mulher de Francisco Wanderley Luiz disse que o principal alvo era o ministro do STF. "Ele falou que mataria ele e se mataria", disse.
Amigos dizem que ele se radicalizou. Pessoas ouvidas pelo UOL contaram que Luiz, que era filiado ao PL, mudou de comportamento e aparentava "sérios problemas mentais" depois de um divórcio.
Atentado deve complicar ideia de anistia. Após o caso, aliados de Lula intensificaram criticas ao projeto de lei que beneficia envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Já correligionários de Jair Bolsonaro (PL) acreditam que o episódio "enterra" o projeto. A proposta é de autoria do deputado Cabo Gilberto Silva (PL-PB) e foi protocolada em novembro de 2023.
STF e deputados do governo veem ligação com 8 de janeiro x oposição diz que foi "lobo solitário". Ministros da corte e aliados de Lula afirmam que o ataque pode ter conexão com o 8 de janeiro e o discurso de ódio propagado pelos apoiadores do ato. Já a oposição e bolsonaristas afirmam que o ataque foi um "fato isolado".
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