Topo

Esse conteúdo é antigo

Mulher é condenada a 7 dias de prisão por salão aberto durante quarentena

Shelley Luther (mulher com máscara, no cantor inferior, à esq.) foi condenada a 7 dias de prisão - Reprodução/BuzzFeed
Shelley Luther (mulher com máscara, no cantor inferior, à esq.) foi condenada a 7 dias de prisão Imagem: Reprodução/BuzzFeed

Do UOL, em São Paulo

05/05/2020 21h52

Uma dona de salão de beleza foi presa hoje, em Dallas, nos Estados Unidos, depois que ela se recusou a fechar o estabelecimento durante a quarentena, ocorrida em decorrência da covid-19.

Na sentença, o juiz classificou a atitude da empresária Shelley Luther, proprietária do Salon à la Mode, de "egoísta".

"A sociedade não pode funcionar quando a própria crença em um conceito de liberdade permite que você ostente seu desdém pelas decisões de autoridades devidamente eleitas", disse o juiz Eric Moyé, em audiência que foi transmitida pelo aplicativo de videoconferência Zoom.

Segundo informação publicada pelo site "BuzzFeed", Shelley reabriu seu salão no dia 24 de abril, cerca de um mês depois que o condado emitiu ordens de permanência em casa e para fecharem comércios com serviços não essenciais.

Depois que recebeu uma ordem para fechar seu salão, Shelley simplesmente rasgou a carta durante um protesto em que manifestantes pediam ao governador do Texas, Greg Abbott, que reabrisse o comércio em todo o estado.

Na audiência, o juiz deu uma segunda chance à mulher dizendo que tinha as "chaves" da prisão. "Você pode utilizá-los agora se quiser aproveitar esta oportunidade para reconhecer que suas ações são egoístas, colocando seus interesses à frente dos da comunidade em que vive", afirmou. "Este tribunal considerará o pagamento de uma multa em vez do encarceramento, que você demonstrou ter ganho tão claramente."

Irredutível, Shelley argumentou. "Eu tenho que discordar de você, senhor, quando você diz que sou egoísta, porque alimentar meus filhos não é ser egoísta. Eu tenho cabeleireiros que estão passando fome porque preferem alimentar seus filhos. Então, senhor, se você acha que a lei é mais importante do que as crianças sendo alimentadas, prossiga com sua decisão, porque não vou fechar a porta do meu salão."

O juiz então condenou a mulher a 7 dias de prisão. Ele também determinou que o salão pague US$ 3,5 mil (R$ 19,4 mil) em 30 dias por violar a ordem judicial. O salão também será multado em mais US$ 500 (R$ 2,7 mil) por cada dia em que permanecer aberto.