Papa nomeia dom Odilo Scherer e seis mulheres para conselho do Vaticano
Do UOL, em São Paulo *
07/08/2020 11h09
O papa Francisco nomeou ontem o arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Pedro Scherer, para o Conselho de Economia do Vaticano, que supervisiona as atividades administrativas e financeiras da Santa Sé.
Natural de Cerro Largo, no Rio Grande do Sul, Dom Odilo exerce o posto de arcebispo de São Paulo desde 2007, quando substituiu o frade franciscano Dom Cláudio Hummes.
Dos 15 membros do conselho, 13 foram nomeados ontem. Apenas o coordenador do grupo, o cardeal Reinhard Marx, arcebispo de Munique e Freising (Alemanha), e o cardeal Wilfrid Foix Napier, arcebispo de Durban (África do Sul), foram mantidos.
Dos 13 novos membros do órgão, seis são mulheres, sendo duas espanholas, duas britânicas e duas alemãs. É a primeira vez que o Vaticano nomeia mulheres para o conselho.
Criado pelo papa Francisco em 2014, o Conselho de Economia é composto por sete especialistas laicos, ou seja, não ligadas a hierarquia da Igreja Católica, e oito cardeais ou bispos.
Dos sete especialistas nomeados, apenas um é homem: o economista italiano Alberto Minali. Todos os outros seis são mulheres, sendo elas:
- María Concepción Garaicoechea, presidente do conselho de administração da empresa espanhola Azora
- Eva Castillo Sanz, jurista e economista
- Charlotte Kreuter-Kirchhof, professora de direito da Universidade de Dusseldorf, na Alemanha
- Marija Kolak, presidente da BVR (Associação Nacional dos Bancos Populares Alemães, na sigla em português)
- Ruth Mary Kelly, ex-secretária de Educação do Reino Unido
- Lesile Jane Ferrar, ex-tesoureira do príncipe Charles, de Gales
Entre os cardeais e bispos nomeados, além de Dom Odilo, passarão a integrar o conselho Péter Erdo, arcebispo de Eztergom-Budapest (Hungria); Gérald Cyprien Lacroix, arcebispo de Quebec (Canadá); Joseph William Tobin, arcebispo de Newark (Estados Unidos); Anders Arborelius, bispo de Estocolmo (Suécia); e Giuseppe Petrocchi, arcebispo de Aquila (Itália).
* Com informações da AFP e da Ansa, no Vaticano