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Australiana acorda de cirurgia com sotaque diferente do que tinha

Australiana com sotaque irlandês em vídeo no TikTok - Reprodução/TikTok/angie.mcyen
Australiana com sotaque irlandês em vídeo no TikTok Imagem: Reprodução/TikTok/angie.mcyen

Colaboração para o UOL, em São Paulo

12/05/2021 12h06Atualizada em 12/05/2021 12h17

Após ser submetida a uma cirurgia nas amígdalas, uma mulher australiana acordou com sotaque irlandês mesmo sem nunca ter visitado a Irlanda. A condição pode acontecer, mas é bastante rara, tendo sido registrada poucas vezes na história da medicina, de acordo com a CNN.

An Gie McYen precisou passar pelo procedimento cirúrgico no início de maio e, desde então, registra seus dias para seus mais de 20 mil seguidores no TikTok. Em um dos vídeos a jovem relata que seu sotaque australiano desapareceu completamente: "Hoje eu tentei o máximo que pude para falar normalmente e não, é totalmente irlandês".

Ainda que não tenha amigos e nem mesmo familiares na Irlanda, parece que seu novo sotaque veio para ficar. Depois de alguns dias da cirurgia, McYen afirmou que apesar de estar mais discreto, ainda existem resquícios claros de sua nova forma de falar.

Uma semana depois da publicação de seu primeiro vídeo, alguns seguidores começaram a demonstrar desconfiança, sugerindo que a história fosse apenas uma invenção da australiana. Entretanto, An Gie foi enfática ao rebater as alegações, dizendo que o caso "infelizmente, não é falso".

"Eu realmente espero que meu sotaque australiano esteja aparecendo, pois é o que eu tenho nos últimos 20 anos", declarou a mulher.

Doença rara

A condição que afetou McYen é conhecida como Síndrome de Sotaque Estrangeiro, caracterizada por um distúrbio na fala. De acordo com a revista Arquivos Brasileiros de Cirurgia Digestiva, o problema foi constatado menos de 100 vezes em documentos históricos do Brasil.

Relatado pela primeira vez no início do século 20, a síndrome pode ser causada por diversos fatores, como um acidente vascular cerebral, lesões em partes do cérebro que são responsáveis pela fala, traumatismo cranioencefálico e, até mesmo, enxaquecas.