Covid: Com Talibã, vacinação cai em 80% e doses podem perder validade
A Unicef (Fundo das Nações Unidas para Infância) verificou que na semana após a tomada do poder pelo Talibã, a vacinação contra a covid-19 caiu em 80% no Afeganistão. Além disso, a agência da ONU (Organização das Nações Unidas) alertou que as doses enviadas para o país estão perto da data de validade.
"A queda é compreensível. Em situações de caos, conflito e emergência, as pessoas vão priorizar primeiro a própria segurança", disse um porta-voz da Unicef à Reuters.
O porta-voz não quis comentar se a baixa na vacinação teria relação com o cinismo do Talibã em torno de temas de ciência. Entretanto, ele ressaltou que qualquer perda na imunização é prejudicial para o país e lembrou que 2 milhões de doses da Johnson&Johnson foram enviadas, pela iniciativa Covax, para o Afeganistão.
A data de validade das vacinas é em novembro. A remessa já entregue representa metade do que será cedido ao país para auxiliar na imunização contra o coronavírus. Da população de 40 milhões no Afeganistão, a OMS (Organização Mundial da Saúde) estima que apenas 1.2 milhões de doses foram administradas.
O órgão da ONU tem pedido para que os trabalhadores de saúde, incluindo as mulheres, retomem o trabalho no Afeganistão. Na segunda-feira, o Pentágono reportou que em 24 horas 16 mil pessoas tinham fugido do país tomado pelo Talibã.
O grupo extremista deu até 31 de agosto para que países ocidentais removam suas tropas, se não eles lidarão com "consequências". Com o prazo se aproximando, nações europeias admitiram que não conseguirão resgatar a tempo todos que desejam sair do Afeganistão.
Desde que o Talibã assumiu o controle da capital Cabul, o clima de desespero tem se instalado, fazendo com que civis tomassem medidas extremas, como se pendurar em aviões na tentativa de ir embora.
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