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A americana que vive como gata, com direito a orelhas e cauda artificial

Kat Lyons ficou famosa com seu estilo de vida "felino" - Reprodução/Instagram
Kat Lyons ficou famosa com seu estilo de vida 'felino' Imagem: Reprodução/Instagram

Colaboração para o UOL

18/11/2021 15h59Atualizada em 19/11/2021 08h22

Muitas pessoas têm fantasias e gostos que refletem suas personalidades. Mas, recentemente, uma norte-americana chamou a atenção por dispor de uma essência fora do comum: se identificar como um gato.

Kat Lyons, de 33 anos, assume que sempre foi apaixonada pelos felinos e que quando passou a se enxergar como um deles, ela finalmente conseguiu ser quem realmente ela se considera ser.

A coragem para mostrar ao mundo sua identidade não convencional também se deve ao marido, Robrecht Berg, engenheiro espacial de 54 anos.

Em entrevista ao tabloide Daily Star, Kat conta que quando os dois se conheceram, em 2019, durante um evento da Comic Con, e perceberam muitas coisas em comum, apesar da diferença de idade de 21 anos. Ela afirma que quando se declarou como uma "gata", isso de algum modo fortaleceu seu casamento. Kat e Robrecht oficializaram os laços em outubro.

"Não é um relacionamento típico. Temos uma diferença de idade de 21 anos, que é algo que impacta nossa vida. Mas somos melhores amigos. Nos damos muito bem. Ambos temos um senso de humor muito bobo, porque nós dois estamos sempre rindo", explica Kat.

Kat também afirma que, apesar do que as outras pessoas possam pensar a respeito do seu estilo, ela e o marido se amam, e essa experiência estimula a criatividade nos momentos íntimos, quando experimentam diferentes fantasias no quarto.

"Só espero que minha história continue a dar às pessoas confiança para serem elas mesmas, mesmo que seja se fantasiar de gata todos os dias. Eu também quero trazer mais apoio para a comunidade de casais com diferença de idade, já que também é o meu caso. Somos a prova viva de que existe um felizes para sempre, até mesmo para um gato", opinou ela.

Como tudo começou

Kat diz que tudo começou no ensino médio, quando se percebeu como um gato, mas ela diz que sempre se sentiu diferente das outras pessoas. "Sempre usei orelhas de gato. Não me lembro exatamente com que idade eu tinha, mas me inspirei em um anime. Eu percebi que gostava disso e decidi que seria exatamente dessa maneira. Então eu comecei a adotar essa fantasia na minha vida".

Ela também detalha que o processo de transformação de sua identidade aconteceu de maneira gradual.

"Durante meu crescimento, eu tive que fingir ser uma pessoa normal e não ser a mulher dos gatos, mas agora eu consigo ser eu mesma, me expressar, escalar coisas se eu quiser, beber de um tigela, usar uma coleira e minhas orelhas", declarou a americana.

Outros aspectos do casamento

Robrecht Berg relatou o momento em que conheceu Kat: "Ela podia estar usando orelhas na época, mas eu não percebi muito isso. Só depois de falar com ela pela internet que eu descobri que ela gostava de ser um gato e fazia isso regularmente desde a adolescência". E defende: "Isso é o mesmo que cosplayers, as pessoas fazem o que gostam de fazer."

O casal declarou que sua vida conjugal inclui também as práticas de BDSM ("Bondade, Disciplina, Dominação, Submissão, Sadismo e Masoquismo"). "É algo que experimentamos bastante em nossas relações sexuais", explicou Robrecht.

"É uma das coisas que possibilitam áreas de experimentação. Brincar com animais de estimação foi algo novo para mim que Kat me apresentou. Não me sinto tão confortável com o lado dominador, mas também estou disposto a fazer isso um pouco."

Nesses momentos, Kat assume principalmente o papel submisso e considera o marido o seu "mestre", e garante que obtém muito prazer com isso. "Gosto de usar a coleira todos os dias, uma coleira para representar apenas ele. Sendo propriedade dele."

Kat, que adora usar orelhas peludas e cauda artificial, disse que as brincadeiras não são apenas sexuais, mas também fazem parte do seu estilo de vida. "Quando comecei a brincar com animais de estimação, tive uma sensação de estar em casa. Sempre me senti como um gato. Quando estou no meu modo de gatinho, fico feliz. É o meu espaço", explicou.