Mais de 100 brasileiros se oferecem para lutar na Ucrânia, diz embaixada
Mais de cem brasileiros se ofereceram para lutar na guerra da Ucrânia, segundo informou nesta quinta-feira (3) à tarde o encarregado de Negócios da Embaixada do país em Brasília, Anatoliy Tkach. Segundo ele, não foi possível responder a todos os pedidos.
Ele não revelou quantos brasileiros já estão no país. Contudo, é possível ver brasileiros se organizando para viajar em redes sociais e em grupos de aplicativos aos quais o UOL teve acesso. Eles tentam integrar a Legião Internacional de Defesa do Território, criada pelo governo ucraniano. O Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia pediu que os interessados procurem as embaixadas e consulados em cada país.
O UOL News desta quinta traz as últimas notícias e análises sobre o conflito na Ucrânia, além de entrevista com brasileiro que planeja lutar contra invasão russa. Acompanhe:
Para se candidatar a defender o país, de acordo com as exigências das forças de segurança ucranianas, é preciso ter experiência em atividades de forças de segurança e falar ao menos o idioma inglês.
Os brasileiros interessados em se alistar devem viajar por conta própria para a fronteira com a Polônia, onde devem se apresentar às forças de segurança ucranianas.
"A inscrição se realiza lá na Ucrânia de pessoas com experiência [com algum tipo de treinamento militar]", afirmou Tkach. "Ultimamente, nós recebemos cartas [de interessados em se alistar] com propostas de ir lá para a Ucrânia para combater. Mais de cem", afirmou.
Por meio de nota, a Embaixada da Ucrânia no Brasil disse que "não está fazendo alistamento para a Legião Estrangeira Ucraniana" nem "campanha para adesão a esta formação militar".
Nesta quinta-feira (3), as Forças Armadas da Ucrânia publicaram uma nota em uma rede social que reproduzia informações distribuídas por militares e simpatizantes dias antes. Trata-se de um roteiro para estrangeiros se candidatarem. As despesas da viagem devem ser bancadas pelos voluntários, segundo o documento. Mas o comunicado também diz: "Apoio integral garantido".
O UOL mostrou o documento a Tkach e perguntou a ele se os voluntários receberiam remuneração quando chegassem à Ucrânia. Mas o diplomata disse que não sabia se havia pagamento de subsídios aos integrantes da Legião Internacional de Defesa do Território.
O interessado deve portar documentos como passaporte, uniformes e equipamento de trabalho militar. Os vistos são desnecessários. O candidato deve preencher um formulário. Se aceito, deverá arcar com os custos da viagem até a Ucrânia.
"Os representantes das embaixada ucranianas e o comando das forças de Defesa Territorial vão providenciar ajuda na rota", diz o comunicado. Ao chegar no ponto combinado, é necessário assinar um contrato.
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