Conteúdo publicado há 5 meses

Brasileiro voluntário na guerra da Ucrânia morre em combate, diz família

Um brasileiro de 26 anos que lutava como voluntário na guerra da Ucrânia morreu em combate.

O que aconteceu

Murilo Lopes dos Santos estava do lado ucraniano das forças quando foi atingido. A informação foi confirmada ao UOL pela família dele.

Familiares foram contatados por um colega estrangeiro que lutava com Murilo. O rapaz entrou em contato com o pai do brasileiro por um aplicativo de mensagens na sexta-feira (5), informando que ele morreu na cidade de Zaporizhzhia.

Após receber a notícia, a família contatou um tenente brasileiro, também voluntário na guerra, que confirmou a morte do colega. Segundo a mãe do jovem, Rosângela Pavin Santos, Murilo teria morrido tentando salvar outro colega, que ficou gravemente ferido e está hospitalizado.

Jovem saiu de Castro (PR) para a Ucrânia em novembro de 2022. Ele havia servido ao Exército Brasileiro antes disso e, segundo a mãe, foi até o país europeu "buscando uma realização pessoal".

Família ainda não sabe como funcionará o traslado do corpo. A mãe de Murilo afirmou que teve dificuldade em contatar a embaixada durante o fim de semana e que os órgãos oficiais serão procurados nesta segunda-feira (8). A expectativa da família é trazer o corpo do jovem até o Brasil, mas há possibilidade de que ele seja cremado no país.

Embaixada informou que não recebeu informações sobre morte de brasileiro até o momento. Os familiares foram orientados a procurar a Divisão de Assistência Consular do Itamaraty.

Ao UOL, o Itamaraty disse que não fornece informações sobre casos individuais de assistência a cidadãos brasileiros. "O Ministério das Relações Exteriores, por meio da Embaixada do Brasil em Kiev, permanece à disposição para prestar assistência consular aos familiares do nacional brasileiro", diz a nota enviada.

Ele [um tenente que conversou com a família] contou que o corpo está lá, que iria passar pelo médico para ver se o translado poderia ser feito, mas que o mais comum a ser feito seria a cremação. Ainda está tudo muito ainda desencontrado, muito vago.
Rosângela Pavin Santos, mãe de Murilo, ao UOL

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