Patron, o cão que procura minas deixadas pelos russos, vira xodó na Ucrânia
Felipe Mendes
Colaboração para o UOL
21/05/2022 04h00
Alguns soldados têm se tornado verdadeiros heróis para os ucranianos na tentativa de conter a invasão da Rússia, mas eles não estão sozinhos nessa missão. Um pequeno cão branco e caramelo chamado Patron vem sendo usado pelos militares para farejar minas escondidas pelas tropas russas.
Patron ficou famoso em todo o país por seu olfato aguçado.
O Centro de Comunicações Estratégicas e Segurança da Informação, do Ministério da Cultura e Política de Informação da Ucrânia, publicou um vídeo dele encontrando material bélico em Chernihiv, uma das cidades que é alvo de ataques.
Patron the service dog helps de-mine Chernihiv oblast pic.twitter.com/bon6aQplaM
-- Stratcom Centre UA (@StratcomCentre) April 4, 2022
Em outra publicação, na página do Facebook no site do Serviço de Emergência do Estado da Ucrânia, Patron aparece trabalhando em meio a destroços e é chamado de "cão militante". Ele ajudou a encontrar quase 90 explosivos, diz o post: "Obrigado, meu amigo pelo seu trabalho incansável".
Além ajudar os ucranianos a desativar as minas escondidas em seu território, o cão também localiza artefatos perdidos em meio aos destroços, segundo o governo do país.
O sucesso de Patron foi tanto que ele chegou a receber uma medalha de honra pelos serviços prestados das mãos do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky.
A premiação contou com a presença do primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, que estava na Ucrânia para prometer mais armas e equipamentos de segurança, e do tutor de Patron, Myhailo Iliev.
"Quero premiar os heróis ucranianos que já estão retirando minas de terras. E junto com os pequenos heróis está o nosso maravilhoso Patron, que ajuda não apenas a neutralizar explosivos, mas também a ensinar aos nossos filhos como regras de segurança são importantes em áreas onde há uma ameaça de mina", afirmou Zelensky na cerimônia.
O cão se tornou símbolo da resistência e do patriotismo na Ucrânia e, segundo a BBC, tem aparecido regularmente em vídeos e propagandas nos canais oficiais do governo.