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Mariposa vista pela última vez em 1912 é achada em mala de viajante

Mariposa foi encontrada em mala de viajante; inseto dessa espécie foi vista pela última vez há 110 anos - Divulgação/Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA
Mariposa foi encontrada em mala de viajante; inseto dessa espécie foi vista pela última vez há 110 anos Imagem: Divulgação/Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA

Do UOL, em São Paulo

25/05/2022 12h34Atualizada em 26/05/2022 08h50

Uma mariposa que não era vista desde 1912 foi encontrada em uma mala de um viajante no Aeroporto Metropolitano de Detroit Wayne County, nos Estados Unidos.

O inseto foi encontrado em setembro de 2021, quando os agentes alfandegários inspecionavam a bagagem de um passageiro que chegava das Filipinas, mas só agora foi possível determinar a espécie dele, segundo o jornal americano Smithsonian Magazine.

Ao abrirem a bagagem para realizar o processo de revistar os pertences do rapaz, os agentes se depararam com pacotes de sementes com pequenos furos.

Na época, o homem alegou que aquilo seria usado para chá medicinal. Quando os agentes olharam mais de perto, larvas e pupas de um inseto que não era possível identificar de imediato foram encontrados. Eles também encontraram buracos de saída que um inseto dentro das cápsulas aparentemente havia feito.

Por não saberem do que se tratava, os agentes extraíram as larvas e pupas das vagens e enviaram para testes. Em quarentena, as larvas amadureceram em mariposas chamativas com manchas de cerdas pretas.

Os especialistas em agricultura da alfândega suspeitaram que as mariposas fossem da família Pyralida, mas não conseguiram determinar com exatidão o gênero ou espécie do inseto, e acabaram enviando o material ao USDA (Departamento de Agricultura dos EUA) para análises mais precisas.

A entomologista M. Alma Solis, especializada em mariposas para o USDA e do Instituto Smithsonian, examinou uma mariposa adulta e determinou que o inseto era da espécie Salma brachyscopalis Hampson, vista por cientistas pela última vez em 1912 no Sri Lanka.

Especialistas dão conta de que o inseto foi trazido sem segundas intenções para o país, e que a espécie é "muito obscura para possuir o valor medicinal ou estético que motiva os contrabandistas".