Kotscho: Clima deve ser de guerra em posse de Maduro na Venezuela

Após prisão e liberação de María Corina Machado, principal líder de oposição na Venezuela, o clima deve ser de guerra na posse para o terceiro mandato do ditador Nicolás Maduro, opinou o colunista Ricardo Kotscho no UOL News, do Canal UOL, nesta quinta-feira (9).

Olha, isso aí é só o começo... Amanhã se espera um clima de guerra na posse do Maduro, na nova posse do Maduro. Normalmente, a posse do presidente é uma festa democrática. Aí, na Venezuela, é exatamente o contrário. Ricardo Kotscho, colunista do UOL

A prisão de Corina Machado foi informada por uma fonte à agência de notícias AFP. Minutos antes, sua equipe política (Comando de Campanha Nacional de Machado e Edmundo González) já havia denunciado na rede social X (antigo Twitter) que ela "foi violentamente interceptada ao deixar a concentração". Após a publicação, a oposição disse que ela foi solta.

Mais cedo, Corina participou de uma manifestação contra Maduro após meses sem aparecer publicamente. Ela teria sido cercada e presa por agentes do regime ao retornar para o local onde permanecia refugiada.

A María Corina é uma mulher de muita coragem. Ela é a grande líder da oposição que lançou o Gonzalez porque ela foi proibida de disputar a última eleição. E a prisão dela é a gota d'água nessa ditadura feroz que o Maduro mantém na Venezuela. Ricardo Kotscho, colunista do UOL

Kotscho falou sobre os problemas sociais da Venezeula e ressaltou ainda a destruição da economia local nas mãos do regime.

Essa é a grande tragédia: a economia não existe mais, o petróleo, que é a única riqueza que tem no país, está nas mãos de empresas estrangeiras. Na verdade, o país está na mão dos militares. É uma ditadura militar, a pior, a mais sangrenta dos últimos tempos. Então, por isso é que eu insisto nesse ponto, que eu não mandaria nem embaixadora brasileira. Ricardo Kotscho, colunista do UOL

Trevisan: 'Prisão de Corina é a crônica de morte anunciada'

No UOL News, o professor de Relações Internacionais Leonardo Trevisan classificou a prisão da oposicionista como uma espécie de "crônica de morte anunciada".

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Sem dúvida, é uma crônica de morte anunciada. É bastante provável que isso aconteça. O sinal mais forte foi a prisão, anteontem, de um candidato consentido, Henriques. E, de alguma forma, era, entre duas aspas, amigo do regime. Ele fazia o jogo. E foi preso exatamente porque cobrou mais uma vez a existência das atas.

Era bastante provável que o regime de Maduro avançasse para uma repressão desse tipo. O que não era previsto é que Maria Corina, que era tida como protegida em uma embaixada, ousasse participar da manifestação. A resposta do regime foi a prevista. Leonardo Trevisan, professor de Relações Internacionais

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