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Incêndios e onda de calor na Europa matam mais de mil pessoas em uma semana

Do UOL, em São Paulo

17/07/2022 18h09

Os incêndios e a onda de calor que atingem a Europa causaram a morte de mais de mil pessoas só nos últimos sete dias. O problema preocupa diferentes países, como Espanha e Portugal.

Só nestes dois locais, foram registradas mais de mil mortes por conta dos incêndios.

Croácia, França, Grécia e Reino Unido também sofrem com os efeitos colaterais do calor intenso no verão europeu. Especialistas atribuem a estação com temperaturas acima da média às mudanças climáticas.

A seguir, um resumo da situação de cada país:

Croácia

Na Costa Adriática da Croácia, aviões dos bombeiros voaram baixo para despejar água em florestas pegando fogo e soldados foram convocados para ajudar os bombeiros a conter três grandes incêndios florestais em torno de Zadar e Sibenik.

Espanha

A Espanha registrou ao menos 360 mortes nos seis primeiros dias da onda de calor que atinge partes da Europa. As informações são do Instituto de Saúde Carlos III, vinculado ao Ministério da Saúde espanhol, e abrangem o período de 10 a 15 de julho. Temperaturas recordes de até 46 °C têm assolando o país.

No primeiro dia da segunda onda de calor do ano, no domingo passado, foram 15 mortes atribuíveis às altas temperaturas. Desde então, houve uma escalada contínua, com o pico nesta sexta, quando foram registrados 123 óbitos.

O Instituto de Saúde Carlos III também informou que, durante todo o mês de junho - o qual também registro uma intensa e precoce onda de calor -, a Espanha teve 829 mortes devido ao calor excessivo.

França

Na França, pelo menos 12 mil pessoas foram retiradas de casa e cerca de 9 mil hectares de floresta foram queimados em dois incêndios que começaram na terça-feira no departamento de Gironde, no sudoeste do país. Em outro incêndio, em La Teste de Buch, 3.150 hectares de floresta foram consumidos desde a terça-feira. Várias casas e edifícios foram consumidos pelas chamas.

Devido às condições climáticas e para evitar qualquer risco, cidades do sul da França decidiram cancelar os tradicionais fogos de artifício de 14 de Julho, a festa nacional francesa.

Com o calor e a seca, departamentos do sul da França como Gard, Alpes Marítimos e Bouches du Rhône vêm enfrentando incêndios desde o começo do verão no hemisfério norte. As informações são da RFI.

Grécia

Dois tripulantes de um helicóptero que caiu no Mar Egeu durante uma operação para combater um incêndio florestal na ilha grega de Samos não resistiram aos ferimentos e faleceram no hospital, informou a Guarda Costeira do país na última quinta (14).

O acidente aconteceu quando o helicóptero participava do combate ao incêndio florestal perto da localidade de Paliochori, ao sudoeste da ilha de Samos, no Mar Egeu.

A Grécia é um dos países do Mediterrâneo mais afetados pelos incêndios, que as autoridades atribuem à mudança climática.

Portugal

O ministério da Saúde de Portugal afirmou na noite do sábado que 659 pessoas morreram por causa da onda de calor nos últimos sete dias, a maioria delas idosas. Disse ainda que o pico da semana foram 440 mortes na quinta-feira, quando temperaturas passaram dos 40 graus Celsius em várias regiões e 47 graus em uma estação meteorológica no distrito de Vizeu, na região central do país.

"Enfrentamos uma situação quase sem precedentes em termos meteorológicos", disse no sábado André Fernandes, comandante nacional de defesa civil.

Desde o início do ano, mais de 30.000 hectares arderam em Portugal, o número mais alto desde 15 de julho de 2017, ano em que os incêndios deixaram 100 mortos.

Reino Unido

As temperaturas altas em Londres, na Inglaterra, causaram um incêndio nos trilhos de uma estação de trem. O incêndio começou em uma pista perto das estações entre Wandsworth Road e Victoria. Apesar de o fogo ter sido apagado, as linhas entre as duas estações foram bloqueadas.

O governo britânico realizou no sábado uma reunião de emergência para coordenar a resposta às altas temperaturas. As autoridades também emitiram um alerta vermelho para calor extremo no início da próxima semana.

O recorde de temperatura britânico é de 38,7°C, registrado em 2019.

Os passageiros de metrô e trens regionais de Londres estão sendo aconselhados a não viajarem na segunda-feira e terça-feira, a menos que seja absolutamente necessário.